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diabo

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Ananda Coomaraswamy  : Coomaraswamy Satã - QUEM? É SATÃ?

Titus Burckhardt  : Burckhardt Sufismo - INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS ESOTÉRICAS DO ISLÃ
El hombre, «animal? que piensa» no puede ser? sino el coronamiento divino? de la naturaleza o su adversario; la razón de ello es que el «ser» y el «conocer» se disocian en la mente, lo que, por decadencia, da lugar a todas las escisiones.

Frithjof Schuon  : Schuon Esoterismo Principio Via - O ESOTERISMO COMO PRINCÍPIO E COMO VIA
Sendo o diabo? a personificação humanizada - em contato com o homem - do aspecto subversivo da força existencial centrífuga?; não dessa força na medida? em que tem por missão manifestar positivamente a Possibilidade? divina.
Como não se pode ser generoso com o diabo, visto que não se poderia convertê-lo, não se pode mais sê-lo com homens que compartilham o seu espírito?.
Seria errado concluir que os homens que não discernem à primeira vista o diabo sob um disfarce, sejam por ele influenciados unicamente por causa do seu equívoco, pois sua candura é natural? e respeitável. Em compensação, são afetados pelo diabo os que agem como ele, mesmo que acreditem combatê-lo e o reconheçam de imediato sob um disfarce. Em resumo, é preferível ter uma generosidade que absolva acidentalmente um culpado a ter um "senso crítico" enérgico e acerbo que atinja os inocentes na sua censura.
Segundo um hadith, o diabo não pode tomar a aparência do Profeta. Isto? é perfeitamente plausível em si, mas não se pode questionar? qual é a utilidade dessa informação, visto que, após o desaparecimento dos Companheiros, não havia mais, e não há mais, testemunha dessa aparência. O alcance prático do hadith é o seguinte: se o diabo tomasse a aparência de um homem deificado ou de um anjo?, ele forçosamente se trairia por algum detalhe dissonante. Provavelmente, isso passaria despercebido para aqueles em cuja intenção há falta de desprendimento? e de virtude?, os quais, colocando seus desejos acima da verdade?, querem, no fundo, ser enganados, mas não por aqueles cuja inteligência é serena e a intenção pura. Objetivamente, o demônio não pode tomar a aparência perfeitamente adequada de um "anjo de luz?", mas pode fazê-lo subjetivamente adulando e, portanto, corrompendo o espectador aberto? à ilusão. Isso explica por que, no clima da mística individualista e passional, rejeita-se, às vezes, toda aparição celeste, medida de prudência que não teria nenhum sentido? fora de tal clima e que, em todo caso, é excessiva e problemática em si mesma.
Os iludidos ignoram e querem ignorar que o diabo pode propiciar-lhes inspirações corretas com o único objetivo? de ganhar a sua confiança para fazê-los errar no fim?; que ele pode dizer-lhes nove vezes a verdade, para poder? enganá-los ainda mais facilmente na décima vez; e que engana, sobretudo, os que aguardam a confirmação ou a realização das ilusões em que se envolveram.31 Isso diz respeito? tanto às visões quanto às audições ou outras mensagens.
Entre as graças reais ou aparentes, existem igualmente os "poderes", por exemplo, de cura?, previsão, sugestão, telepatia, divinação e prodígios menores. Esses poderes podem, com certeza?, ser dons diretos do Céu, mas, neste caso, constituem função de um grau de santidade; caso contrário são simplesmente naturais, embora raros e extraordinários. De acordo? com a opinião de todas as autoridades espirituais, convém desconfiar e não dar atenção, visto que o diabo pode intrometer-se, e ele realmente tem todo o interesse? em fazê-lo. Os poderes gratuitos, caso possam ser a priori? indícios de uma eleição por parte de Deus?, podem causar a condenação eterna dos que se lhes apegam em detrimento da ascese? purgativa exigida por toda espiritualidade. Muitos heréticos ou falsos mestres começaram iludindo-se com algum poder com que a natureza? os dotara. Para o verdadeiro espiritual, o poder surge, inicialmente, como uma tentação, não como um favor. Ele não lhe dará atenção e pela simples? razão de que nenhum santo faz de sua santidade um axioma?. O homem não dispõe das medidas de Deus — exceto de forma? abstrata ou por uma graça concernente a uma dignidade? já profética —, pois ninguém pode ser juiz e parte na sua própria causa.
A origem? satânica de uma mensagem? é indiferente? quando benéfica, mas o diabo só transmitirá essa mensagem aos que ele crê poder enganar em seguida, sem o que, em resumo, não há nenhum interesse em fazê-lo. Lembremos também, neste contexto? geral?, que segundo antigas máximas bem? conhecidas, "a heresia reside na vontade? e não na inteligência", e que "errar é humano?, mas persistir no erro? é diabólico".