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Perenialistas Shakti

sexta-feira 29 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro

  

PERENIALISTAS — SHAKTI

René Guénon:
Segundo o estudo do pensamento de René Guénon, de Vicenza, Dictionnaire de René Guénon:

Na tradição védica, a Shakti representa o lado feminino de Deus, o aspecto passivo do Princípio. Ela é para Brahma sua "Vontade Produtora", sua "Toda Potência" que se pode dizer constituída de uma natureza "não agente" vis a vis do Princípio, se mantendo como passiva a respeito da Manifestação. O "Poder Produtivo" do Ser pode ser visualizado sob vários aspectos complementares, enquanto poder criador (Kriya-Shakti), poder de Conhecimento (Jnana-Shakti) e poder de desejo (Ichcha-Shakti), e isto de maneira quase indefinida apesar da imensa extensão dos atributos próprios do Ser manifestado. No entanto, se a Shakti é vista de uma maneira que a separa de seu Princípio, ela se torna a "Grande Ilusão" (Maha-Moha), aquela que se designa sob o nome de Maya ao nível inferior e cósmico. Segundo as escrituras, cada figura da Trimurti possui sua própria Shakti, ou seu atributo feminino, assim Lakshmi é a Shakti de Vishnu, Sarasvati é aquela de Brahma e Parvati, que se denomina também Durga ("Aquela que se se aproxima dificilmente) acompanha o deus Shiva. É chocante constatar, como nos faz ver Guénon com pertinência, que estas três Shaktis se encontram na tradição esotérica ocidental sob a forma dos três pilares do Templo, na Maçonaria, enquanto Sabedoria (Sarasvati), Força (Parvati) e Beleza (Lakshmi).

Ananda Coomaraswamy  : EXEMPLARISMO VÉDICO
"Poderes", em sânscrito, shaci, shakti, svadha, vibhuti, kshatra, etc. "É a manifestação de seus (dos Devas) poderes que têm vários nomes"

François Chenique  :
O aspecto feminino do Princípio Supremo (ou a Perfeição Passiva) é evidentemente a razão última da Substância Universal. Mas antes disto ser, esta Perfeição Passiva é a razão de ser da Pessoa Divina, eis porque ela é verdadeiramente a Mãe de Deus. A Impersonalidade Divina, fecunda em sua Não-Dualidade, “engendra” a Personalidade Divina, ou o Ser Divino que se polariza em Essência e Substância , esta última sendo a Mãe Universal de toda a Manifestação. Mas se a Mãe de Deus, aspecto feminino da Deidade, engendra a Divindade, e se a Substância Universal “produz” a Manifestação Universal um processo análogo preside à Manifestação do Princípio Criador (visualizado então como Verbo Divino no seio da Manifestação Universal.