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Plotino - Tratado 39,2 (VI, 8, 2) — A que faculdade da alma reportar o que depende de nós?

quinta-feira 6 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro

  

tradução resumida

2. Mas eis o objeto de nossa investigação: isso que se nos imputa como dependendo de nós [eph hemin], a que se deve atribuí-lo? Seja de fato se o atribua à tendência [horme] e a um desejo [orexis], qual quer que seja sua natureza: por exemplo, o que é realizado ou isto que se se abstêm por cólera [thymos], por desejo físico [epithymia] ou por um raciocínio [logismon] sobre o que nos é útil acompanhado por um desejo. Mas se é por cólera e por desejo físico, concederemos às crianças e aos animais a capacidade de realizar qualquer coisa que deles depende, assim como aos loucos, às pessoas que estão fora delas mesmas, àqueles que estão sob o domínio de drogas ou cujo espírito é assaltado por imagens das quais não são os mestres. Por conseguinte, se é por um raciocínio acompanhado por um desejo, é que isto que é realizado devido a um raciocínio errado depende também de nós? Não é de preferência o caso disto que é realizado por um raciocínio reto e por um justo desejo? E no entanto, mesmo então, se deverá buscar se é o raciocínio que move o desejo ou se é o inverso. Pois se os desejos são conformes à natureza, é seja que pertencem ao ser vivente e ao composto, e, então, a alma segue a necessidade natural, seja que eles pertencem à alma unicamente, e muitas coisas das quais se afirma atualmente que elas dependem de nós estarão de fato fora de nosso alcance. Por outro lado, qual será o raciocínio puro que precede nossas paixões [pathe]? Ou ainda a imaginação [phantasia], quando ela constringe, ou o desejo, quando ele nos conduz, qual que seja o ponto onde ele nos conduz, como nestas circunstâncias eles nos tornariam mestres de nossos atos praxis]? E, de maneira geral, como seríamos mestres aí onde somos conduzidos? Pois o que está necessariamente em falta e que deseja ser preenchido não é mestre disto para o que é totalmente levado. E, em regra geral, como um ser seria por ele mesmo, enquanto vem de um outro e que encontra seu princípio em se reportando a este outro que o engendrou tal qual é? Ele vive com efeito conforme a este princípio e tal que foi modelado por ele. Senão os seres inanimados possuirão eles também a capacidade de realizar qualquer coisa que deles depende. O fogo ele mesmo com efeito age tal qual foi engendrado. Mas se o ser vivo, ou mais precisamente a alma, conhece o que ela produz, que é que isso adiciona ao fato que coisas dependem dela? Seja pela percepção [aisthesis] que ela os conhece (mas então de que socorro isso pode ser, relativamente à capacidade de fazer depender algo de si? Depois de tudo, a percepção não faz de um ser mestre de seus atos pelo único fato que ela vê!), seja pelo conhecimento [gnosis]: se é pelo conhecimento disto que é produzido, neste caso ainda, ela não faz senão saber, mas é alguma coisa de outro que leva à ação. Se em revanche a razão, ou o conhecimento, age em indo ao encontro do desejo e o domina, é preciso buscar a que relacionar esta dominação e, de maneira geral, onde ela se produz. E se a razão produz ela mesma um outro desejo, é preciso compreender como. Mas se, em pondo fim ao desejo, a razão permaneceu em repouso, e se aí está o que depende de nós, isso não se situará na ação, mas residirá no intelecto. Pois tudo o que pertence à ação, quando mesmo a razão domina, resta misturado e não pode depender puramente de nós.

Igal

Un problema que hay que plantearse es el siguiente: [2]

Lo que se nos imputa a nosotros como sujeto a nuestro arbitrio ¿a qué elemento de nosotros hay que atribuirlo? Porque habrá que atribuirlo o a una tendencia o deseo cualquiera, por ejemplo lo que se obra o se deja de obrar por ira o por concupiscencia, o a un razonamiento de lo conveniente acompañado de un deseo. Ahora bien, si lo atribuimos a [5] la ira o a la concupiscencia, habremos de admitir que hay albedrío aun en los niños y en las bestias, en los locos y en los enajenados, en los drogados y en los que son presa de fantasmagorías que los asaltan y de las que no son dueños. Pero si lo atribuimos a un razonamiento acompañado de deseo, pregunto si aun al razonamiento equivocado.

[10] —No, sino al razonamiento recto y al deseo recto.

—Sin embargo, aun en ese caso cabe preguntarse si es el razonamiento el que provoca el deseo o es el deseo el que desencadena el razonamiento. Porque aun suponiendo que los deseos sean conformes a la naturaleza, una de dos: o son deseos del hombre como animal, o sea, como compuesto, y entonces el alma obedecería al imperativo de la naturaleza, o son deseos del hombre en cuanto sólo alma, y entonces [15] muchos de los actos que ahora consideramos sometidos a nuestro arbitrio quedarían excluidos. Además, ¿qué razonamiento procede limpio de pasiones? Además, cuando la fantasía nos fuerza y el deseo nos arrastra a donde quieran llevarnos, en estas circunstancias ¿cómo pueden hacemos dueños de nuestros actos? En suma, ¿cómo podemos ser dueños de [20] aquello adonde somos conducidos? Porque lo insatisfecho, como forzosamente le apetece satisfacerse, no es dueño de aquello a donde es conducido inexorablemente.

Y, en general, ¿que hay que exista solo y de sí mismo si proviene de otro y tiene su principio en otro y gracias a él es como es? Porque por él vive y vive conforme está modelado. Si no, en ese caso aun seres inanimados tendría algo de albedrío; [25] porque también el fuego opera según su modo de ser. Pero si es porque el animal o el alma sabe lo que hace, si por la sensación, ¿qué añade la sensación para tener albedrío? Por el mero hecho de ver la sensación no le hace a uno dueño de su acto. Si por el conocimiento, si es por el conocimiento [30] de lo que se hace, aun en este caso se limita a saber, pero es otra cosa la que conduce a la acción. Pero si la razón o el conocimiento actúan y dominan independientemente del deseo, hay que preguntarse a qué parte de nosotros nos remiten y dónde ocurre tal cosa. Y si es que la razón misma da originen a un deseo distinto, hay que inquirir el cómo. Pero si se limita a hacer que cese el deseo y en eso está el albedrío, entonces el albedrío residirá no en la acción, sino en la inteligencia. Es que todo cuanto entra en el [35] ámbito de la acción, aun cuando domine la razón, está mezclado y no puede poseer el albedrío en toda su pureza.

Guthrie

ON WHICH PSYCHOLOGICAL FACULTY IS THE FREEDOM OF WILL BASED?

2. But to which part of ourselves should we refer free will? To appetite or desire, to anger or sex passion, for instance? Or shall it be to the reason, engaged in search after utility, and accompanied by desire? If to anger or sex passion, we should be supposed to grant freedom of will to brutes, to children, to the angry, to the insane, to those misled by magic charms, or suggestions of the imagination, though none of such persons be master of himself? If again (we are to ascribe freedom of will) to reason accompanied by desire, does this mean to reason even when misled, or only to right reason, and right desire? One might even ask whether reason be moved by desire, or desire by reason. For, admitting that desires arise naturally, a distinction will nevertheless have to be established: if they belong to the animal part, and to the combination (of soul and body), the soul will obey the necessity of nature; if they belong to the soul alone, many things which are generally attributed to the domain of our free will will have to be withdrawn therefrom. Besides, passions are always preceded by some sort of abstract reasoning. Further, how can imagination itself — which constrains us; and desire — which drags us whither Necessity compels, make us "masters of ourselves" under these circumstances? Besides, how can we be "masters of ourselves" in general when we are carried away? That faculty of ours which necessarily seeks to satisfy its needs, is not mistress of the things towards which it is compelled to move. How should we attribute freedom of will to (a soul) that depends on something else? (To a soul) which, in this thing, holds the principle of her own determinations? (To a soul) that regulates her life thereby, and derives therefrom her nature? (To a soul) that lives according to the instructions received therefrom? Freedom of will would then have to be acknowledged even in inanimate things; for even fire acts according to its inborn nature.

PRELIMINARY KNOWLEDGE DOES NOT SETTLE THE LIBERTARIAN PROBLEM.

Some person might try to establish a distinction founded on the fact that the animal and the soul do not act unconsciously. If they know it by mere sensation, how far does that sensation contribute to the freedom of will ? For sensation, limiting itself to perception, does not yield the percipient mastery over anything. If they know it by knowledge, and if this knowledge contain only the accomplished fact, their actions are then determined by some other principle. If, even independently of desire, reason or knowledge make us perform certain actions, or dominate us, to what faculty shall the action be ascribed, and how does it occur? If reason produce another desire, how does it do so? If reason manifest itself and liberate us by the process of calming, our desires, the free will lies no longer in the action, but in intelligence; for every action, however much directed by reason, would then be something mixed, not revealing an unconfused free will.

MacKenna

2. A cardinal question is where we are to place the freedom of action ascribed to us.

It must be founded in impulse or in some appetite, as when we act or omit in lust or rage or upon some calculation of advantage accompanied by desire.

But if rage or desire implied freedom we must allow freedom to animals, infants, maniacs, the distraught, the victims of malpractice producing incontrollable delusions. And if freedom turns on calculation with desire, does this include faulty calculation? Sound calculation, no doubt, and sound desire; but then comes the question whether the appetite stirs the calculation or the calculation the appetite.

Where the appetites are dictated by the very nature they are the desires of the conjoint of soul and body and then soul lies under physical compulsions: if they spring in the soul as an independent, then much that we take to be voluntary is in reality outside of our free act. Further, every emotion is preceded by some meagre reasoning; how then can a compelling imagination, an appetite drawing us where it will, be supposed to leave us masters in the ensuing act? Need, inexorably craving satisfaction, is not free in face of that to which it is forced: and how at all can a thing have efficiency of its own when it rises from an extern, has an extern for very principle, thence taking its Being as it stands? It lives by that extern, lives as it has been moulded: if this be freedom, there is freedom in even the soulless; fire acts in accordance with its characteristic being.

We may be reminded that the Living Form and the soul know what they do. But, if this is knowledge by perception, it does not help towards the freedom of the act; perception gives awareness, not mastery: if true knowing is meant, either this is the knowing of something happening - once more awareness - with the motive - force still to seek, or the reasoning and knowledge have acted to quell the appetite; then we have to ask to what this repression is to be referred and where it has taken place. If it is that the mental process sets up an opposing desire we must assure ourselves how; if it merely stills the appetite with no further efficiency and this is our freedom, then freedom does not depend upon act but is a thing of the mind - and in truth all that has to do with act, the very most reasonable, is still of mixed value and cannot carry freedom.


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