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asas
quinta-feira 25 de janeiro de 2024
Perenialistas?
Roberto Pla :
Das asas? majestosas da águia (Deuteronômio 32,11) ao adejo da pomba evangélica (Batismo de Jesus) a imagem? se dulcifica, mas seu sentido? real? é o mesmo e a condição feminina do SE - Espírito? se mantém com ou sem a representação de pomba, mas com a mesma função dinâmica, poderosa, de dar a Vida? a toda a ninhada que se acolhe sob suas asas.
- Também a pomba soltada por três vezes por Noé e que em sua segunda saída voltou trazendo no bico "um ramo verde de oliveira", é figura? testamentária do Espírito de Deus? pronto a Unção - ungir com seu unguento de Vida o pneuma? - espírito do homem. Desde então parece que arranca a "figura" do Espírito de Deus como pomba "corporalizada", que relevância teológica cobraria no NT.
O Espírito de Deus é o poder? do Pai, uma das duas grandes asas preexistentes no Ser? - Ser absoluto? (a outra asa é a doxa? - Glória, a asa de Luz? que é própria do Filho). Sua obra consiste em dotar de Vida a tudo o que “recebe” sua presença, porque este é seu poder, sua força, a Vida única.
Isto? quer que quando a alma?, purificada de tudo o que nela é mortal — a palha — se decante até o ponto? de ser só ela mesma, quer dizer, sua própria essência, então “conhece” esta essência como o espírito que qual semente de Deus — o grão — esteve sempre nela, embora ela, a alma, o ignorava.
Isso de “unificação - fazer-se uno?” com o SE - Espírito é a consumação. Quando o SE - Espírito “vem”, chega como pomba que leva em seu bico o ramo de oliveira de onde extrairá o azeite de Vida para orvalhar com ele a cabeça (espírito) sobre a que se possa até que dele se impregne a totalidade do Ser.
O Cristo, o ungido, é sempre um consagrado na verdade?, um “eleito - separado” para Deus, que já não é do mundo?, ainda que esteja no mundo. O Cristo é Vida pelo SE - Espírito e Consciência pela semente - semente de Deus, a Verbo? - Palavra?, que no homem foi semeada.
Por isso o regenerado (metanoia?), o nascido do SE - Espírito (Nascer do Alto), se ergue sobre as asas para alcançar a comunhão perfeita com o Pai: A Vida, que recebe do SE - Espírito e pela qual se faz uno com ele; e o conhecimento?, pelo qual a alma, a consciência, se descobre a si mesmo como idêntica a seu espírito, a sua Semente - semente de Deus, ou ser - Ser essencial.
Quando se diz que o SE - Espírito Santo levou ao Salvador “ao monte sublime do Tabor”, se explica o mesmo que contam os sinópticos quando dizem que “o SE - Espírito o levou ao deserto”, e que logo, “o conduziu a uma altura (a cabeça, a “coroa”, de onde o SE - Espírito está pousado), para lhe mostrar os reinos do mundo.
O que o Adversário ofereceu então foram o dynamis? - poder e a doxa - Glória segundo a medida? terrena, do mundo, que ele domina. Mas o poder verdadeiro (a Vida), e a doxa - Glória (a Luz, a sabedoria?), não vêm do mundo, pois são do Pai, e descem, vêm, como se fossem duas asas preexistentes do Espírito de Deus.
Dessas duas asas que o conferem ao Espírito de Deus seu voo - voo de maternidade, uma é a Vida, e a outra é a Sabedoria (a Luz), pois é nela — nesta última — na qual o Filho de Deus, o Filho divino?, feito Pensamento? de Deus, “cavalga” quando vai sobre o SE - Espírito. Dotado destas duas asas, o Espírito é conjuntamente Vida e Consciência (poder e doxa - Glória), na Vontade? de Deus - Vontade do Pai.