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DRG: ação segundo Guénon

quarta-feira 22 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro

  

Segundo René Guénon, a ação não pode ter consequências senão no domínio da ação, sua eficácia se detém precisamente onde cessa sua influência.

A ação não pode portanto ter por efeito liberar da ação e obter a «Liberação».

Uma ação qualquer que seja, não pode, além do mais, conduzir senão a realizações parciais.

Seguindo nisso Shankara  , que afirmava que não há outros meios de obter a Liberação completa e final senão pelo Conhecimento Guénon pensava que a ação era insuficiente para combater a ignorância (avidya).

Só o conhecimento é de natureza a verdadeiramente dissipar as trevas da ignorância e da ilusão (maya).

Mesmo se uma consideração sobre a complementaridade da ação e da contemplação, apareça por vezes nos escritos de Guénon, não deixa que a especificidade da superioridade da contemplação sobre a ação seja sempre, e invariavelmente, sublinhada nele.

Eis a princípio porque, afirmava, o Oriente, que conserva uma dimensão contemplativa importante (e muito particularmente a Índia), possui uma superioridade incontestável a respeito de nossa civilização de agir permanentemente.

Mesmo se não subsiste hoje em dia senão centros contemplativos bastantes fracos numericamente no Oriente, o poder espiritual não sendo de modo algum baseado no número, a prática da contemplação sua confere um poder inegável bem superior àquele da ação.

Logo retemos que a ação, que pertencem no mundo da mudança, não pode ter seu princípio nela mesma, toda sua realidade é recebida de um Princípio que está além de seu domínio, domínio que se refere a princípio unicamente do único conhecimento. [DRG  ]