Ao eu moral, ao si-mesmo autêntico e à essência do homem, chama Kant também de pessoa. Em que consiste a essência da personalidade da pessoa? A própria personalidade é a “ideia da lei moral” “com o respeito que dela é inseparável”. O respeito é a “receptividade” para a lei moral, isto é, aquilo que possibilita um receber desta lei enquanto lei moral. Mas se o respeito constitui a essência da pessoa enquanto si-mesmo moral, então, de acordo com o que foi dito, ele tem de apresentar um modo da (…)
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Bioética
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CEM: I.6 – respeito
15 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castro -
Entralgo (1985:112-114) – o corpo em Galeno
13 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroO paradigma da teoria helênica do corpo humano chega ao ponto culminante nas descrições e estimações de Galeno. Como o médico de Pérgamo entendeu a realidade somática do homem? Por uma questão de brevidade e precisão, reduzirei minha resposta a algumas proposições:
a. Corpo humano e physis humana
Galeno nunca viu no corpo humano um cadáver, uma massa material inanimada, dotada de uma certa figura e de uma estrutura interior; e não apenas pela razão puramente externa de que ele só poderia (…) -
Cantens: Ética do Aborto
9 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
O problema do aborto exige que abordemos as questões éticas relativas ao status moral do feto (isto é, É o feto uma pessoa? Quando se torna uma pessoa? Tem direitos humanos? Tem direito à vida? Tem valor intrínseco? O feto tem algum posicionamento moral?). Algumas das respostas a essas perguntas dependem de nossa definição de pessoalidade, e pessoalidade é um conceito difícil de definir. Alguns filósofos fazem uma distinção entre humano e pessoa. Segundo eles, o primeiro (…) -
CEM: I.3 - necessidade de remuneração justa
7 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroExcerto traduzido da seção "A diferença em valor entre a realização pessoal e o equivalente monetário". de Georg Simmel, THE PHILOSOPHY OF MONEY, p. 438-440
nossa tradução
A economia monetária encobrirá cada vez mais o fato de que o valor monetário das coisas não substitui completamente o que nós mesmos possuímos nelas, que elas têm qualidades que não podem ser expressas em dinheiro. Sempre que é inegável que a valorização e o abandono do objeto por dinheiro não podem salvá-lo da (…) -
CEM: I.2 - zelo e capacidade profissional (Max Weber)
6 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroVoltando ao segundo princípio fundamental e sua convocação ao "zelo" (sendo "zelar" repetido no quarto princípio) e à "capacidade profissional", vem à lembrança o estudo consagrado de Max Weber, A Ética Protestante e o "Espírito" do Capitalismo. O termo "zelo" já com todo peso da tradição ascética cristã, vai receber uma chancela maior do movimento protestante, associando-o à apologia do trabalho, qualquer que seja e em si mesmo, na sociedade moderna sob qualquer ideologia, como vocação (…)
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CEM: I.3 - honra e dignidade
6 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroPara "exercer a medicina com honra, o médico necessita ter...". Primeiro, a VOCAÇÃO e a HONRA de exercer tal VOCAÇÃO. Como afirma o Padre Antonio Vieira no "SERMÃO DA TERCEIRA DOMINGA DO ADVENTO" (1644):
Quanto à primeira conveniência, de que os ofícios, quando não forem pretendidos, então serão mais autorizados, não faltará quem cuide e diga o contrário, e parece que com bons fundamentos. Não é grande autoridade e crédito do ouro entre os outros metais, que todos o desejem, procurem e (…) -
CEM: I.2 - zelo e capacidade
5 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castro -
CEM: I.2 - saúde (2)
4 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
Como para nós, a saúde foi para os autores do CH duas coisas diferentes e complementares: um estado de vida naturalmente desejável e valioso e uma ordem peculiar da natureza - neste caso, da natureza humana - que pode ser explicada de uma maneira racional; ainda mais, de maneira científica e "fisiológica".
Ao longo dos séculos V e IV - em meio à era hipocrática, portanto - o poeta Ariphron compôs esse poema entusiasmado em louvor à saúde:
Saúde, a mais augusta das (…) -
CEM: I.1 - coletividade
4 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castro[...] É assim o indivíduo - o indivíduo vivo - que está na base da sociedade e da história. Como ente vivo, carrega-se esse sofrimento e essa essência ativa da vida. Isso constantemente produz uma sociedade que nada mais é que sua própria vida, ou seja, uma atividade sem começo ou fim, na qual cada vida é elevada cada vez ao nível das demandas de seu sofrimento e desejos e as enfrenta. É porque a vida e o indivíduo são assim que a sociedade é o que é. É uma sociedade de produção e consumo. E (…)
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CEM: I.1 - ser humano
3 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroNão é possível que um Código de Ética ao ser referir ao "ser humano" esteja indicando o corpo humano, ou até mesmo, a dualidade mente-corpo. A ética enquanto originária do "êthos" do pensamento grego antigo, exige enquanto seu significado de "morada do homem", outra apreensão do sentido de "ser" humano.
A questão do sentido do ser humano é tão evanescente quanto a do verbo/substantivo ser enquanto o que faz viger o “humano”. Quando digo “sou” o que exatamente estou dizendo? Aparentemente, (…)