adepto do existencialismo. — Observamos, no plano linguístico, que a palavra designou para o homem da rua, no período imediatamente após a Segunda Guerra mundial, jovens vestidos de maneira negligente que alardeavam um certo desgosto de viver, nos cafés do bairro Saint-Germain-des-Prés. Em outros tempos não se tratou — e por um mesmo abuso de linguagem — de epicuristas a homens ociosos ou depravados, que nada mais tinham de pontos em comum com o sábio Epicuro? Essa nova deformação de sentido permite ao menos mensurar a capacidade de penetração, mesmo ao nível do grande público, de um modo de pensamento nascido no século precedente nos países germânicos, e ao qual o espírito de universalidade de certos franceses contemporâneos (particularmente J.-P. Sartre) proporcionou uma audiência sem precedente na história da filosofia. [LArousse]