nossa tradução
I. Por causa de si entendo aquilo cuja essência envolve existência, ou seja, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão existente.
III. Por substância entendo aquilo que é em si e é concebido por si, isto é, aquilo cujo conceito não precisa do conceito de outra coisa a partir do qual deva ser formado.
IV. Por atributo entendo aquilo que o intelecto percebe da substância como constituindo a essência dela.
V. Por modo entendo afecções da substância, ou seja, (…)
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Modernidade
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Lewinter: Isso e eu
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Ponczek: livre arbítrio
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroAo contrário de Schopenhauer, que faz da vontade o pilar numênico de seu sistema filosófico, vendo-a como a coisa-em-si, Spinoza a considera tão-somente como uma ideia persistente que “ocupa o espaço mental”. Assim como dois corpos não podem ocupar a mesma extensão do espaço, as ideias, obedecendo à mesma ordem e conexão das coisas materiais, também se excluem momentaneamente podendo, a que prevalecer, associar-se à ação, devido a sua persistência.
Spinoza tampouco considera a vontade como (…) -
Blaise Pascal (1623-1662)
11 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBlaise Pascal nasce em 1623 e morre, antes de completar os quarenta anos, em 1662. Sua vida precoce, atormentada e genial é bem conhecida. Suas descobertas matemáticas, suas polêmicas teológicas, sua relação com os jansenistas franceses, determinam sua figura, especialmente interessante e enigmática. Por outro lado, sua paixão, seu apelo ao que chama "coeur", seu caráter de pensador agônico, como dizia Unamuno, deram-lhe um atrativo extraordinário, não sem o risco de certa equivocidade. A (…)
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Pascal (P:S22,512) – espírito de geometria e de finura
11 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroNum [espírito de geometria] os princípios são palpáveis mas afastados do uso comum, de sorte que se tem dificuldade para virar a cabeça para esse lado, por falta de hábito: mas, por pouco que se vire, veem-se os princípios plenamente; e seria preciso ter o espírito totalmente falso para raciocinar mal sobre princípios tão patentes que é quase impossível que eles escapem.
Mas, no espírito de finura, os princípios estão no uso comum e diante dos olhos de toda gente. Não adianta virar a (…) -
Camus (MH) – Tudo se esquece...
27 de abril de 2021, por Cardoso de Castronossa tradução
Creia-me, não há grande dor, nem grandes arrependimentos, nem grandes lembranças. Tudo se esquece, mesmo os grandes amores. Isto é o que há de triste e de exaltante ao mesmo tempo na vida. Há somente certa maneira de ver as coisas e ela surge de tempos em tempos. É por isto que ainda é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz em sua vida. Isto faz pelo menos um álibi para os desesperos sem razão dos quais somos sobrecarregados. Original
« Crois-moi, il n’y a pas de (…) -
Bernard Williams (M:138-144) – utilitarismo
21 de agosto de 2020, por Cardoso de CastroUma dificuldade que encontramos ao discutir esse assunto é a falta de um consenso sobre o quão amplo e sensato é o uso do termo "utilitarismo". A expressão foi por vezes usada para designar perspectivas morais que não tinham nenhuma relação especial com a felicidade ou com o prazer; nesse sentido, ela foi usada para se referir a qualquer perspectiva que afirmasse que uma ação será certa ou errada dependendo das suas consequências, das suas tendências para acontecimentos ou estados (…)
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Carlisle (H:1-4) – Hábito
29 de junho de 2020, por Cardoso de Castrotradução
Em 1799, a Academie des sciences de Paris anunciou um concurso de ensaios sobre o tema do hábito. Na introdução de seu premiado ensaio, Pierre Maine de Biran ressalta que seu assunto apresenta uma tarefa peculiar:
Reflitir sobre o que é habitual! Quem poderia ou gostaria de começar essa reflexão? Como alguém deve suspeitar de algum mistério no que sempre viu, fez ou sentiu? Sobre o que alguém deveria perguntar, alguém deveria estar em dúvida, alguém deveria se surpreender? (…) -
Groddeck: o ser humano é vivido pelo Isso
9 de maio de 2020, por Cardoso de CastroCoelho Netto
Acredito que o homem é vivido por algo desconhecido. Existe nele um “Isso”, uma espécie de fenômeno que comanda tudo que ele faz e tudo que lhe acontece. A frase “Eu vivo...” é verdadeira apenas em parte; ela expressa apenas uma pequena parte dessa verdade fundamental: o ser humano é vivido pelo Isso. É desse Isso que falarei em minhas cartas. Você concorda?
Mais uma coisa. Desse Isso conhecemos apenas aquilo que está em nosso consciente. A maior parte dele — e de longe a (…) -
Groddeck: sou vivido pelo Isso
6 de maio de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
Estas considerações tratam do Isso. Em vez da proposição "eu vivo", eles defendem a ideia: "Sou vivido pelo Isso".
À pergunta: o que e o Isso, não posso responder. Mas estas poucas observações indicarão como entender o que segue.
1. A criança de três anos fala de si mesma na terceira pessoa; ele se põe ao lado de si mesma e faz como se uma personalidade estranha, vivida por algo outro, se escondesse em sua pele. A palavra e o conceito "eu", a criança não os entende senão (…) -
Groddeck: o Isso
6 de maio de 2020, por Cardoso de CastroCARTA 2
Acredito que o homem é vivido por algo desconhecido. Existe nele um “Isso”, uma espécie de fenômeno que comanda tudo que ele faz e tudo que lhe acontece. A frase “Eu vivo...” é verdadeira apenas em parte; ela expressa apenas uma pequena parte dessa verdade fundamental: o ser humano é vivido pelo Isso. É desse Isso que falarei em minhas cartas. Você concorda?
Mais uma coisa. Desse Isso conhecemos apenas aquilo que está em nosso consciente. A maior parte dele — e de longe a maior (…)