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Hegel (PM:§454) – um homem culto e suas intuições

segunda-feira 1º de novembro de 2021, por Cardoso de Castro

  

Quanto mais cultivado um homem é, mais ele vive não em intuição imediata, mas em todas as suas intuições, ao mesmo tempo em lembranças; de modo que ele pouco vê do que é completamente novo, mas, pelo contrário, o conteúdo substancial da maior parte do que é novo é algo que já lhe é familiar. Da mesma forma, um homem culto se contenta em sua maior parte com suas imagens e raramente sente a necessidade de intuição imediata. A multidão inquisitiva, por outro lado, está sempre correndo para onde há algo para se espantar.


Segundo Vicente Ferreira da Silva   (Transcendência do Mundo): "com essa observação o filósofo procura aludir à servidão da consciência às coisas, à intuição imediata, quando o homem ainda não desenvolveu em si mesmo as suas possibilidades próprias de pensamento e de imaginação. Eis por que Hegel acredita que ’quanto mais culto é o homem, menos vive na esfera da intuição imediata’".


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