Míguez
3. La sensación nos da la visión de un hombre y ofrece su imagen a la razón discursiva. Pero, ¿qué es lo que dice ésta? Nada diría y se limitaría a conocerla si no se preguntase a sí misma lo que esta imagen es, o si, en el caso de que la hubiese encontrado anteriormente, no respondiese con una apelación a la memoria, diciendo, por ejemplo, que es Sócrates. Sí optase por desenvolver su forma, tendría, entonces, que detallar todo lo que le ofrece su imaginación. Ahora bien, si dice (…)
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visão etc
opsis / ὄψις / opse / όψη / ὀπτικός / optikos / ὀπτός / optos / τυφλός / typhlos / cego / cegueira / τύφλα / typhla / τυφλόν / typhlon / τυφλή / typhle / ὁράω / orao / observar / vigiar / ὅρασις / horasis / visão / ἰδών / ἰδόντες / blepo / βλέπω / ver justo / drsti / drishti / estar ciente / βλέποντας / observar / proorao / προοράω / proorasis / προόρασις / antecipar / antever / prever / ορατός / oratos / oraton / visível / à vista / ἀόρατος / aoratos / invisível
gr. ὄψις , opsis = vista, visão; gr. τυφλός, typhlos = cego, cegueira; gr. ὁράω, orao = observar, vigiar; gr. ὅρασις, horasis = visão. A experiência estética vem do encontro de propriedades particulares do objeto visível e de seu modo de aparição com a atividade sensorial própria à alma.
Roberto Pla
Não há que se esquecer a regra de ouro para alcançar a fiel compreensão do processo do conhecimento: quando o olho vê, não é o olho quem vê, senão a alma, pois o olho é seu instrumento; mais ainda, quando a alma “vê”, não é a alma quem “vê”, senão o Vivente, pois este, ainda que desconhecido (invisível) para a alma, a razão, a mente, resulta ser sempre a única causa primeira. Isto implica que o espectador de todos os atos de consciência — o espectador, nunca o ator — é sempre o Vivente que reside no fundo do poço, mas mais além das águas.
Ananda Coomaraswamy
«Quienquiera que ve, es por su rayo que ve», Jaiminiya Upanishad Brahmana I.28.8; «en mí hay otro, por quien estos ojos brillan», Rumi , Diwan, Oda XXXVI. Se debe a que él mira hacia afuera desde dentro de nosotros por lo que nosotros no le vemos; para ver a quien es el «solo veedor, él mismo invisible» (Brhadaranyaka Upanishad III.7.23), nuestro ojo debe ser vuelto (avrtta caksus, Katha Upanishad IV.1). En otras palabras, no es con el ojo sensorial, sino con el del corazón o de la mente como uno debe buscar-le. La tentativa de Rawson (Katha Upanishad, 1924, p. 149) de demostrar que Platón sostenía un punto de vista opuesto es ridícula; ver El Banquete 219, Fedón 83B, y especialmente República 526E, donde, para facilitar una aprehensión del Bien, debemos seguir «esos estudios que fuerzan al alma a volver su visión a la región donde mora la parte más eudemónica de lo Real, que yo más necesito ver», y Filebo 61E, donde la visión es, ya sea de las cosas transitorias, o ya sea de las inmutables. De hecho, la conversión (metastrophe, avrrtti, volverse) es, «un término filosófico que Platón inventó para describir el giro del alma desde el mundo de la opinión y el error al principio del ser verdadero» (Werner Jaeger , Humanism and Theology, Milwaukee, 1943, notas 55, 58). SOPROS E CORRENTES
“O mesmo olho com que Deus me vê; o meu olho é o olho de Deus, que é um só olho e uma visão”; continuando, “um só conhecimento e um só amor”. Com o “olho com o qual Deus me vê” (compare com Aitareya Aranyaka II.4.1-3: atma va idam eka ... sa jato bhutany abbyaiksat e com Katha Upanixade IV.6: vah ... purvam ajayata... yo bhutebhir vyapasyata. [AKCcivi:Nota]
Paul Nothomb
No episódio do Gênesis 2 envolvendo Eva Serpente Maçã, após comer algo (o quê?, pois o termo maçã não consta do texto), mesmo a Árvore do Conhecimento tendo desaparecido do cenário, a cena continua. Doravante, em todo caso, esta árvore será coisa do passado. Mas a serpente não se enganou de todo, ou não enganou completamente seu mundo, posto que logo em seguida ao ato ou o simulacro incriminado, o texto confirma que "os olhos dos dois se abriram" como ela havia predito à Eva. Metáfora ou despertar? Certamente alguma coisa vai lhes ser revelada, mas note-se que, desde que Adão foi mergulhado em um sono profundo por Deus, o que dele é retirado e o contraposto como sua parceira, passa a atuar, envolvendo-se com a serpente. Seu diálogo com a serpente, como sua amputação da árvore (v. Eva Serpente Maçã), pode soar tanto como sonho, no prolongamento do sono profundo, o que explicaria a passividade de Adão em todo relato, e a fluidez de sua pretensa visão e de seu ato. O relato é um mito certamente no qual tudo é permitido, mas onde tudo pode ser significativo. Esta metamorfose ou esta continuidade, como este ato ou simulacro dão o mesmo sentimento de irrealidade, de virtual, de puramente simbólico, superando o debate entre "ver" e "saber" do discurso.
Depois de "os olhos dos dois se abriram" com efeito, não é o "e eles viram" esperado mas o "e eles souberam", que se segue. Até aqui Eva privilegiava o "ver" e a serpente o "saber". Mas o Conhecimento direto é uma representação assim como o raciocínio mais abstrato, mesmo se é uma representação inconsciente, automática. A obra do entendimento mais que do intelecto. Ao redor da Árvore do Conhecimento e antes do ato ou simulacro, Eva "vê" mas também interpreta. Ela "vê" que a árvore é bela, mas disto deduz que é comestível, apta a desenvolver a inteligência, o que ela não pode "ver" mas pretende "saber". Sua construção mental do que ela supõe ser a realidade é dupla. Ela inventa. O desafio do debate introduzido por este texto é, nem mais nem menos, o que se nomeia a Verdade, sem poder exatamente a definir.
Que "souberam" Adão e Eva, em abrindo os olhos metaforicamente ou não? Em se despertando ou em tomando consciência de sua nova situação? É preciso desconfiar das interpretações ligadas a uma visão estreita do pecado original, muitas das vezes carregadas de puritanismo exacerbado. O texto diz literalmente: "Eles souberam que nus eles", o que quer dizer: eles souberam que originalmente eles são livres, e que não são mais, justamente em se despertando do sono profundo de um dos dois, o outro em tendo aproveitado para se auto-degradar em um casal cujos dois membros descobrem sua decadência. É esta descoberta, esta visão, que os faz se esconder quando ouvem a voz de Deus que os busca ou melhor que o busca, o Adão Um e múltiplo que crê sempre Um e múltiplo. [ÇA OU L’HISTOIRE DE LA POMME RACONTÉE AUX ADULTES]
Henry Corbin
Fundamento y práctica de esta hermenéutica espiritual o esotérica están ligados en realidad a una metafísica de la luz que tiene principalmente su fuente en el Ishrâq de Sohravardi, y que opera de forma similar entre los ishrâqîyûn, los sufíes y los ismailíes. En Semnânî, la fisiología de los órganos de luz, la antropología mística, acentúa aún más la conexión. Es un fenómeno que tiene su correspondencia en la Escolástica latina, donde el interés por los tratados de óptica, los tratados de perspectiva, estaba presidido por la preocupación de vincular la ciencia de la luz con la teología, lo mismo que se hace aquí con la hermenéutica coránica. La implicación de las leyes de la óptica en el texto sagrado inspira la exégesis de un Bartolomeo de Bolonia: «Si la óptica conoce siete modos de participación de los cuerpos en la luz, Bartolomeo encuentra siete modos correspondientes de participación de los intelectos angélicos y humanos en la luz divina». Ya Asín Palacios se había percatado de la existencia de una afinidad esencial entre la hermenéutica de los esoteristas del Islam y la de Roger Bacon. De una y otra parte, lejos se está de proceder arbitrariamente, pues no se hace en suma más que aplicar las leyes de la óptica y la perspectiva a la interpretación espiritual de los textos sagrados. Es también esta aplicación de las leyes de la perspectiva lo que hace posibles los diagramas del mundo espiritual, tanto entre los ismailíes como en la escuela de Ibn Arabi . Una investigación comparada de conjunto debería, claro está, incluir aquí los procedimientos utilizados en las interpretaciones bíblicas por los teósofos protestantes de la escuela de Jacob Boehme . [O HOMEM DE LUZ NO SUFISMO IRANIANO]
Jeaun-Louis Michon
A doutrina das duas faces do real: uma face visível e formal (al-hiss), que captam os cinco sentidos e as faculdades externas, e uma face invisível, informal (al-mana), acessível somente às consciências e aos corações purificados dos apegos mundanos, é a chave do sufismo, sua razão de ser. Ela decorre do processo mesmo da manifestação divina, concebido como uma epifania (tajalli) da Luz divina que brota do grau da ocultação total para se irradiar até o mundo da visão testemunhal. A força existenciadora que faz passar as coisas do não-ser (al-adam) ao ser (al-wujud) se chama Poder (al-Qudra). No universo criado, ela permanece uma qualidade transcendente que não se manifesta diretamente senão em casos excepcionais, como os milagres dos profetas ou os carismas dos santos. O que aparece dela, é seu véu (sitr) de imanência: a Sabedoria (al-Hikma), constituída pelo conjunto das leis (akham), das causas ocasionais e eficientes (asbab) que regem o mundo contingente e o devir dos seres que ele contém. [LE SOUFI MAROCAIN AHMAD IBN AJIBA]
Maurice Nicoll
Todos podemos ver directamente el cuerpo de otra persona. Podemos ver el movimiento de sus labios, sus ojos que se abren y se cierran, las líneas de su boca y los cambios que ocurren en su rostro; su cuerpo expresándose como un todo en la acción. La persona en sí es invisible.
Podemos ver su exterioridad mucho más comprensivamente de lo que puede verse ella misma. Ella no se ve en la acción. Y si se observa ante un espejo cambiará psicológicamente, se inventará a sí misma. Para nosotros es muy precisa y visible, muy definida y muy clara a la vista y al tacto, aun cuando para sí misma no lo sea. Y nosotros igualmente somos algo preciso y claro para ella; parecemos tener una existencia real y sólida, aun cuando a nosotros no nos parece que tengamos semejante existencia real y sólida.
Los unos parecemos más precisos a los otros de lo que podemos ver de nosotros mismos, debido a que vemos claramente el aspecto visible de las gentes, así como ellas ven el nuestro. Si pudiésemos discernir el aspecto invisible de los demás con la misma facilidad con que discernimos el visible, viviríamos en una nueva humanidad. Tal cual somos, vivimos en una humanidad visible, en una humanidad de apariencias. En consecuencia, es inevitable que exista un extraordinario número de mal entendidos.
Consideremos los medios de comunicación que tenemos. Están limitados a los músculos, principalmente a los más pequeños. Hacemos señales por medio de los músculos, ya sea hablando o gesticulando. A fin de que pueda llegarle a otra persona, todo pensamiento, todo sentimiento, toda emoción ha de transmitirse por medio de movimientos musculares; así se hacen visibles, audibles o tangibles. Nuestras comunicaciones son malas, en parte porque nunca advertimos cómo lo hacemos, y, en parte, porque es sumamente difícil comunicar cosa alguna, salvo las observaciones más simples, sin correr el riesgo de que las señales sean mal interpretadas. También ocurre muy a menudo que no sabemos a ciencia cierta que es lo que estamos tratando de comunicar. Finalmente, todo cuanto en verdad es importante no puede expresarse.
Tan inagotable caudal de malentendidos y de infelicidad existen debido a que nuestra manera de comunicamos es tan mala, y a que los demás comprenden nuestras señales a su modo, agregándoles sus propios pensamientos y sentimientos. Pero esto es ver el asunto desde un solo punto de vista, pues si pudiésemos mostrar más fácilmente a los otros nuestro aspecto invisible, surgirían nuevas dificultades.
Ahora bien; todos nuestros pensamientos, todas nuestras emociones, sentimientos; toda nuestra imaginación; todos nuestros ensueños, ambiciones, fantasías; todos son invisibles. Todo cuanto pertenece a nuestros proyectos, planes secretos, ambiciones, todas nuestras esperanzas, temores, dudas, perplejidades; todos nuestros afectos, especulaciones, ponderaciones, vaciedades, incertidumbres; todos nuestros deseos, aspiraciones, apetitos, sensaciones; todos nuestros gustos, disgustos, aversiones, atracciones, amores y odios; todo ello es invisible. Todo ello es lo que constituye la suma de uno mismo.
Pueden o no delatar su existencia. Por lo general le delatan mucho más de lo que suponemos. Todos somos más o menos obvios para los demás, más de lo que creemos. Pero todos estos estados internos, todas estas modalidades, pensamientos, etc., son invisibles en si, y todo cuanto de ellos podamos advertir los unos en los otros lo advertimos mediante la expresión del movimiento muscular.
Nadie puede ver el pensamiento. Nadie sabe lo que nosotros estamos pensando. Creemos conocer a otras personas, y toda la fantasía que tenemos los unos acerca de los otros forma un mundo de gente ficticia, gente que ama y que odia.
Me es imposible decir que conozco a alguien, y es igualmente imposible decir que haya alguien que me conozca a mí. Puedo ver fácilmente todos vuestros movimientos corporales y vuestra apariencia externa, tengo cien impresiones que no existen en vuestras mentes; os he visto como parte del panorama, parte de la casa, parte de la calle, y tengo un conocimiento de vosotros que quisierais conocer; quisierais saber la impresión que producís, cómo os veis. Pero no puedo veros por dentro y no se lo que sois; no lo podré saber nunca. Y aun cuando yo tengo este acceso directo a vuestro aspecto visible, vosotros tenéis acceso a vuestra propia invisibilidad. Este acceso directo a vuestra propia invisibilidad lo podéis tener únicamente vosotros, si es que aprendéis a usarlo. Yo y cualquiera otra persona pueden veros y oíros. Todo el mundo puede veros y oíros. Pero solamente vosotros podéis conoceros a vosotros mismos. [TEMPO VIVO]