Filosofia – Pensadores e Obras

racional

gr. logikos

Pelo termo “racional” (do latim ratio: razão) designamos em geral o modo especificamente humano do conhecimento conceptual-discursivo. Portanto, racional não é o mesmo que intelectual. Nem todo conhecimento do entendimento (intelecto) ou intelectual se perfaz também necessariamente por meio de conceitos. A compreensão da beleza não é discursiva. Completamente a discursivo mas intelectual é o conhecimento místico (mística). Intelectual é, outrossim, a consciência dos atos internos, sem, no entanto, ser necessariamente moldada em conceitos. — Em particular, racional pode significar também “relacionado com o raciocínio”, “lógico”, “metódico”. Uma ciência racional é uma ciência dedutiva ou redutivo (que deduz de princípios ou que reduz a princípios o dado). Número racional é o que pode ser expresso por meio da relação de dois números inteiros. — Brugger.


(do lat. rationalitas, a capacidade racional da mente humana). a) Em geral o que pertence à razão.

b) Na lógica o que está conforme às leis lógicas.

c) Número racional é aquele que pode ser posto sob a forma de uma relação entre dois números inteiros.

d) Mecânica racional é a parte da mecânica que pode ser deduzida a partir de noções gerais, como massa, inércia, força, etc. [MFSDIC]


(gr. logikos; lat. Rationalis, Rationabilis; in. Rational; fr. Rationnel, Raisonnable; al. Vernunftig).

1. Aquilo que constitui a razão ou diz respeito à razão, em qualquer dos significados deste termo.

2. Quem tem a possibilidade do uso da razão; nesse sentido diz-se que o homem é um animal racional. S. Agostinho afirma que os sábios “chamaram de racionável (rationabilis) quem faz ou pode fazer uso da razão, e de racional (rationalis) aquilo que é feito ou dito pela razão”; portanto, acha que é preciso chamar de racionais os discursos ou os banhos, e de racionáveis aqueles que os praticam (De ordine, XI, 31). Mas essa distinção não é facilmente defensável porque os antigos chamaram também o homem de racional(cf., p. ex., Quintiliano, Inst., V, 10, 56). Por outro lado. chamamos hoje de racionável também aquilo que se conforma à razão.

3. Que tem por objeto a razão, sua forma e seus procedimentos. Neste sentido, Sêneca (Ep., 89, 17) e Quintiliano (Inst., XII, 2, 10) chamaram a lógica de “filosofia R.”, o que foi imitado por Wolff (Log., 1728) e por outros. [Abbagnano]