Míguez
2. Y en cuanto a las demás cosas, ¿cómo sé mueven? Cada una de ellas no es un todo, sino una parte y está contenida en una parte del lugar. Pero el cielo, en cambio, es un todo y algo así como su lugar, al que nada obstaculiza porque es precisamente el todo.
¿Y cómo se mueven los hombres? Digamos que, en razón a que proviene del todo, el hombre es una parte, y en cuanto que es él mismo, compone un todo particular.
Más, si el cielo cuenta con alma, ¿por qué ha de volver sobre sí? (…)
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noûs etc
noûs / νοῦς / νόος / noos / νοῦν / noun / νέω / néo / inteligência / intelecto / mente / mental / faculdade mental / intellectus / princípio-intelectual / tramar / tecer / noema / νόημα / pensar / pensamento / νοεῖν / noein / noeîn / νοέω / νοῶ / noesis / νόησις / intelecção / mentação / noeton / νοητός / noetos / νοέω / noeo / νοητικός / noetikos / noetikon / noètikon / dianoia / διάνοια / διανοέομαι / dianoemai / διανοέω / dianoeo / razão / raciocínio / ennoein / refletir / reflexão / aql / razão discursiva / intelecto agente / intellect agent / intellectus agens / Vernünticheit / Vernunft / Vernünfticheit
gr. νοῦς, noûs = inteligência, intelecto, espírito, Princípio-Intelectual. Latim: spiritus, intellectus. Esse termo tem dois sentidos: (1) substância: espírito; (2) faculdade mental: inteligência ou intelecto. Encontramos o termo noûs empregado desde a origem tanto no sentido metafísico quanto no psicológico. Seus derivados dianoia, noesis, noema, noeton, énnoia, etc.
gr. νόημα, noema: pensar, pensamento
gr. νόησις, noêsis: intelecção da verdade, com direta evidência produtora de saber (Schäfer ).
gr. νοητός, noeton = inteligível. A realidade inteligível inclui não somente a alma mas também outras entidades. Enquanto entidades, inteligíveis, são dão na multiplicidade sem se dividirem, por uma "misteriosa" relação entre inteligível e sensível, examinada em Enéada VI, 4-5. (O’Meara , 1995)
gr. dianoia: razão discursiva, pensamento discursivo.
[...] todos os quatro modos do ἀληθεύειν (desvelamento) estão presentes no νοεῖν (pensar); eles são um determinado modo de levar a termo ο νοεῖν (pensar), ο διανοεῖν (pensar reflexivo). [Heidegger , GA19:28]
Ananda Coomaraswamy
La mente es el prisma con el que se refracta la Luz de las luces (Rg Veda Samhita I.113.1, etc.), y en el que, inversamente, se vuelven a unir sus espectros. La Mente es doble, pura o impura, según sea afectada o no por sus percepciones; de donde la necesidad de una katharsis (suddha karana) si hemos de conocer la verdad, en tanto que distinta de la opinión; sobre las dos mentes, y el sentido de metanoia ver Coomaraswamy, «On Being in One’s Right Mind», 1942.
La Mente es el niyantr (mayoral, √ yam, como en henia), pero a su vez está controlada por el Controlador último (antaryamin, Brhadaranyaka Upanishad III.7; niyantr, Maitri Upanishad VI.19, 30, cf. Katha Upanishad III.9). La Mente que tiene fines propios en vista puede ser incapaz de controlar o no querer controlar a los caballos, los cuales pueden ser o no ingobernables.
El Controlador último (antaryamin), deidad inmanente, sindéresis y «consciencia», es el Daimon socrático «que siempre me retiene de lo que "yo" quiero hacer» (Platón, Apología 31d): Sócrates piensa que es «muy bueno ser contrariado así», pero el hombre a quien sus deseos apremian solo se «encoleriza» por la voz de la Acrópolis que dice "Tú no harás" (República 440B, con Timeo 70A); en otras palabras, siente sus «inhibiciones» y «cocea contra el aguijón». PERSONA
Vem a ser a mesma coisa negar o nome de mente às faculdades de avaliação de uma alma sensível governada pelos próprios desejos. Por isso, em Hermes, Libellus Hermes Trismegistus I.22, pergunta-se: "E todos os homens não têm mente?" E a resposta é: "A mente só surge para quem é devoto, bom e puro (katharotes = suddha). Em termos platônicos, quando a alma nasce não tem mente (anous) e pode estar ainda inconsciente (anoetos) na morte (Timeu , 44a,c); a Mente inalterada que é contrastada com uma opinião sujeita a persuasão só pode ser encontrada nos Deuses e em um número muito pequeno de homens (Timeu, 51e). Mas se acharmos que mente é um mero instrumento humano de pensamento discursivo, participar da maneira divina de saber é, humanamente falando, "estar fora do juízo perfeito"; por isso Platão se refere ao profeta pelo qual Deus fala, dizendo que "a mente não está nele" (Ion , 534B), que é um estado de "mania" que não pode ser confundido com insanidade (Fedro , 244, 265): "a sabedoria deste mundo é loucura para Deus" (I Cor. 3,19). [DUAS MENTES]
Dagli
Em Fusus , aql é sistematicamente traduzido por intelecto ou inteligência. Pode se referir àquele aspecto da alma que percebe inteligíveis como tais sem ater a coisas sensíveis particulares, sejam físicas ou mentais. Neste sentido é o espírito concebido como consciência. Entretanto, aql é frequentemente usado em um modo qualificado, onde pode ser traduzido como «razão». Frequentemente Ibn Arabi toma o sentido linguístico de aqala («juntar») e o associa com as limitações do raciocínio discursivo ou conceitual em sua apreensão da verdadeira natureza das coisas. Em tais instâncias «intelecto» é oposto à imaginação ou visão. Escolhi sempre traduzir aql como intelecto e deixá-lo segundo o contexto para indicar se o sentido mais sutil ou mais qualificado deve ser entendido. [DagliRW ]
Allard l’Olivier
A mente, em razão próxima do intelecto agente que é sua face interna, e em razão afastada do Intelecto incriado que a faz existente, é o proferidor do «eu», o órgão pelo qual se faz que haja um «eu» proferido (v. ahamkara), e é em relação a este proferidor espiritual criado que todas as outras coisas — sensíveis ou de pensamentos — sejam objetos, coisas objetadas. O proferidor, a mente, visa os objetos. Toda visada compreende dois polos: o proferidor-visante, quer dizer a radicalidade subjetiva principial, e o objeto visado. O proferidor-visante é dito radical porque é a raiz da subjetividade e que ele mesmo não poderia ser visado objetivamente, embora se fale como de um objeto: tentarei explicar esta singularidade. Distintamente outro que o proferidor-visante, o objeto está «diante de» o proferidor, de sorte que este está de certo modo «atrás de» o objeto ou, mais exatamente, «abaixo de» (sub-jectus) como convém a isto que é «o mais profundo» (totalmente sendo, em outro ponto de vista, o que é «o mais alto»). Ele está «sob» à maneira de um suporte; mais exatamente, é isto pelo qual o indivíduo humano é um «suppositus», uma pessoa, pois se chama suppositus ou pessoa o indivíduo humano enquanto exerce o ato de existir recebido do Ipsum esse. Sem a mente, não sou senão um indivíduo e, de resto, um indivíduo desprovido de mental razoável, pois é a mente que faz que a psique humana seja uma mens e seja dotada de ratio. Porém com a mente, sou uma pessoa.
O mental que participa ao mesmo tempo da inteligência espiritual (animus) e do psiquismo inferior (anima) compreende, além da faculdade de raciocinar inteligivelmente, o sentido interno (senso comum, cogitativo, uma certa memória, imaginação). Mais baixo que o mental se mantém a alma vegetativa com suas três potências (generativa, aumentativa e nutritiva). O sentido interno com suas quatro potências, assim como o sentido externo (os cinco sentidos abertos sobre o «fora») constituem a alma sensitiva.
A mente é o intelecto agente pela «face» que apresenta a Deus, Ato Puro, que reside no centro da alma. O intelecto agente é a face interna da mente, a face da mente oferecida a Deus. Enquanto esta face interna, à maneira de um espelho, recebe a imagem de Deus que aí se mira, o intelecto agente, distinguido de Deus ao qual está no entanto atado segundo a primeira unidade de Ruysbroeck , leva ainda o nome de «si». [L’ILLUMINATION DU COEUR]
François Chenique
O intelecto é "ativo" e é denominado por esta razão "intelecto agente". As imagens e impressões recebidas pelos sentidos não são por si só suficientes para determinar nossa intelecção. É preciso que os dados sensíveis sejam de algum modo elaborados de uma maneira ativa para dele extrair o conteúdo inteligível e provocar nossa intelecção.
O intelecto agente pertence propriamente a cada alma humana. Sobre este ponto a filosofia escolástica distancia-se firmemente dos ensinamentos de Avicena e Averróis .
A existência de um intelecto agente em cada homem não exclui mas exige a existência de um Intelecto superior separado ao qual o intelecto agente esteja religado por uma certa participação. A alma humana, com efeito, "não é inteiramente intelectiva, mas em parte somente. Ela alcança a inteligência da verdade com a ajuda do discurso e pelo movimento da argumentação. Ela tem mesmo uma inteligência imperfeita, posto que de um lado ela não compreende tudo e de outro lado no que compreende procede pela passagem da potência ao ato. É preciso portanto que exista um intelecto superior que ajude a alma a compreender" (Tomás de Aquino ). Este intelecto perfeito é o Intelecto divino.
A inteligência humana acede às ideias da maneira seguinte: o real é considerado como "ideia" recebida na matéria. O intelecto destaca esta ideia por um processo que "desindividualiza" de certa maneira a ideia fora da matéria, e que é chamado "abstração" ou "extração".
Além da "iluminação dos fantasmas", o intelecto agente tem duas funções importantes; é ele em particular que forma no Intelecto Passivo os "princípios primeiros" e que os utiliza em seguida como instrumentos no curso da argumentação para fazer passar o Intelecto Passivo da potência ao ato no momento das conclusões.
Outros escolásticos, Boaventura em particular, sustentam a teoria da "dupla iluminação": uma vem do intelecto agente criado que forma as espécies e os princípios, outra vem do Intelecto incriado ou das "razões eternas" que imprimem diretamente no Intelecto Passivo tudo o que é absoluto, eterno e imutável na certeza do verdadeiro. Tomás de Aquino permanece partidário de uma só iluminação, pois, para ele, o intelecto agente é uma participação na luz divina de sorte que conhecer à luz do intelecto agente, é conhecer pelas "razões eternas" de uma maneira adaptada a nossa condição terrestre. Os tomistas dizem que é igualmente a opinião de Santo Agostinho , mas eles não são unanimemente seguidos sobre este ponto.
Retenhamos a opinião muito elevada que os escolásticos fazem do intelecto humano posto que o denominam "luz emanada de Deus" (lumen derivatum a Deo), sem no entanto considerá-la como um princípio distinto da alma. [A Perspectiva Metafísica]
Henry Corbin
Un desarrollo particularmente amplio y original del tema de la Naturaleza Perfecta se encuentra en un filósofo algo anterior cronológicamente a Sohravardi : Abû’l–‘Barakât Baghdâdî, pensador sutil, muy personal, de origen judío y convertido al final de su vida al Islam, fallecido hacia el 560/1165, cuando tenía unos ochenta años. Puesto que se ha hablado de él más ampliamente en otro lugar no haremos aquí más que recordar cómo el tema de la Naturaleza Perfecta se inserta en su obra con ocasión del problema de la Inteligencia agente, problema heredado de Avicena y los avicenianos. Cuando la Inteligencia agente de los filósofos avicenianos es identificada con el Espíritu Santo, identificado a su vez por la revelación coránica con el ángel Gabriel, o, dicho de otro modo, cuando el ngel del Conocimiento es identificado con el ngel de la Revelación, no es una racionalización del Espíritu lo que se produce sino, muy al contrario, es todo el problema de la noética el que se encuentra entonces planteado en términos de angelología. Y también entonces se plantea la cuestión: ¿por qué no puede haber más que una sola Inteligencia agente? Responder a la pregunta supone determinar si las almas humanas son todas idénticas en cuanto a especie y quididad, o cada una de ellas difiere de las otras en especie, o bien están agrupadas en familias espirituales que constituyen otras tantas especies diferentes. «Por eso los antiguos sabios.... iniciados a las cosas que no perciben las facultades sensibles, profesaban que para cada alma individual, o quizás para varias juntas que tuvieran la misma naturaleza y afinidad, hay un ser del mundo espiritual que a lo largo de toda su existencia asume hacia esa alma o ese grupo de almas una solicitud y una ternura especiales; él es el que las inicia al conocimiento, las protege, las guía, las defiende, las reconforta, las hace triunfar, y este ser es el que ellos llamaban Naturaleza Perfecta. Y es el este amigo, defensor y protector, el que en lenguaje religioso se llama ángel.»
Aunque la relación sicígica esté menos explícitamente marcada, la tesis no deja de reflejar aquí un eco fiel del hermetismo: define la situación que resultará, en Sohravardî, de la relación que se establece entre el Espíritu Santo, el ngel de la humanidad y la Naturaleza Perfecta de cada hombre de luz. Ya se hable del ser divino o del ngel–‘arquetipo, desde el momento en que su aparición revela la dimensión transcendente de la individualidad espiritual como tal, debe presentar rasgos individualizados e instaurar una relación individualizada. Por eso mismo se establece una relación inmediata entre el mundo divino y esa individualidad espiritual, sin que dicha relación dependa de la mediación de ninguna colectividad terrenal. «Algunas almas aprenden únicamente de maestros humanos; otras lo han aprendido todo de guías invisibles que sólo ellas conocen.» [CorbinHLSI]