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Eros

domingo 1º de setembro de 2024

  

Segundo Maurice de Gandillac  , Amor (eros), amoroso (erotikos), no vocabulário de Plotino  , referem-se ao segundo estágio da elevação filosófica. E apresenta a seguinte análise do que diz Plotino em Eneada-III, 5, 7.

Amor filho de Pobreza e de Expediente

O Sócrates   do Banquete   (203b-c) reporta o relato que lhe fez, diz ele, a sacerdotisa Diotima, dos dias em que, os deuses do Olimpo celebrando o nascimento de Afrodite, a dama Pobreza (Penia) compartilhou alguns restos de néctar com o vagabundo Expediente (Poros ((Significando a princípio passagem, meio de acesso, esta palavra designa em seguida uma espécie de desembaraço.))). De seu furtivo casamento nasceu este Eros que Plotino descreve como um insaciável, semideus, «razão advinda nisto que não é razão» (Tratado-50) aspiração sem repouso por saciedades impossíveis, gosto de uma vagabundagem que no entanto pode conduzir um amoroso pelos caminhos do que Platão   (Filebo   30c-d) denominava a «Alma real de Zeus», muito próximo da Inteligência pura.

Nesse nível, pelo meno filho adotivo da Afrodite «celeste», nascida ela mesma de Uranos ou de Cronos, figura desta Alma, que por intermédio da Inteligência procede do Princípio único de toda fecundidade, não é certamente mais o filho de Pobreza, «sem leito, sem sapatos e sem casa», mas todavia o belo amante desta Psique, que por uma espécie de sublime incesto, se une a seu genitor para se tornar ela mesma a Afrodite celeste. Relendo o grande Tratado-8, não esqueçamos no entanto que esta ascensão erótica permanece frágil, constantemente ameaçada de recaídas (Eneada-VI, 9, 9).


Plato does not treat of it as simply a state observed in Souls; he also makes it a Spirit-being so that we read of the birth of Eros, under definite circumstances and by a certain parentage. Enneads: III V. 1

The existence of such a being is no demand of the ordinary man, merely; it is supported by Theologians and, over and over again, by Plato to whom Eros is child of Aphrodite, minister of beautiful children, inciter of human souls towards the supernal beauty or quickener of an already existing impulse thither. All this requires philosophical examination. A cardinal passage is that in the Symposium where we are told Eros was not a child of Aphrodite but born on the day of Aphrodite’s birth, Penia, Poverty, being the mother, and Poros, Possession, the father.

The matter seems to demand some discussion of Aphrodite, since in any case Eros is described as being either her son or in some association with her. Who then is Aphrodite, and in what sense is Love either her child or born with her or in some way both her child and her birth-fellow? To us Aphrodite is twofold; there is the heavenly Aphrodite, daughter of Ouranos or Heaven: and there is the other the daughter of Zeus and Dione, this is the Aphrodite who presides over earthly unions; the higher was not born of a mother and has no part in marriages for in Heaven there is no marrying. Enneads: III V. 2