Porque a alma para Aristóteles é meramente as capacidades do organismo vivo, ele tem a visão dura, se a interpretação de Alexandre estiver correta, que a alma humana perece imediatamente com a morte. Apenas a escola epicurista compartilha essa crença rígida. Mas os estoicos também negam que quaisquer almas humanas durem até a próxima recorrência da história. Mas e o intelecto ativo ou produtivo, que se diz imortal em De Anima (DA) 3.5, 430a23? Porque Alexandre interpreta o intelecto ativo (…)
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Aristotelismo
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Sorabji (PC1:262-263) – descontinuidade do corpo, alma sobrevive?
21 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro -
Sorabji (PC1:252-253) – Alma Universal, Alma do Mundo, almas
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroPlotino rejeita a ideia de que as almas humanas são partes da Alma do Mundo (a Alma do Universo) que faz girar as estrelas, 4.3.1-8. Pelo contrário, é uma alma irmã e, como as almas humanas, deriva de (ek, apo 4.3 [27] 5 (15); 4.3 [27] 8 (2-3]], a hipóstase, ou nível de realidade, alma : alma universal. A alma humana e a Alma do Mundo podem ser chamadas de "partes" dessa hipóstase, apenas no sentido especial em que os teoremas, embora derivados de um sistema inteiro, também podem ser (…)
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Sorabji (PC1:248-249) – alma tripartite
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroEm seu Fédon, Platão parece ainda não ter dividido a alma em três partes, razão, espírito elevado e apetite, mas estar atribuindo ao corpo os desejos posteriormente atribuídos às partes inferiores da alma. No entanto, Simplício encontra uma divisão já aludida na frase do Fédon 77E, ‘A criança em nós’.
A educação no sentido próprio é a correção da criança em nós pelo professor em nós. A criança em nós é a desrazão que não vê o que é benéfico e se concentra apenas no prazer, como as (…) -
Sorabji (PC1:172-173) – lembrança segundo Damascius
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroPor que as memórias conscientes (epistaseis) de vidas anteriores são tão raras? Porque as percepções conscientes das coisas particulares são externas em relação a seus objetos e suas origens, enquanto as de universais surgem de dentro e são nossas e ao mesmo tempo se apresentam à nossa consciência (epistasia) com um choque menos forte (aplektoteros) porque são familiares e não estranhas. Além disso, as de universais são mais numerosas. [Damascius, in Phaed. I §270] Há tantos tipos de (…)
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Sorabji (PC1:86-87) – intelecto x razão
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroPlatão distingue o raciocínio matemático dianoia, da compreensão do dialético (noesis), e Aristóteles distingue o raciocínio (logos) de um tipo mais intuitivo de postulação de verdades (noûs), tanto de verdades universais como definições científicas de tipos naturais, quanto na ética de tais verdades particulares, assim tenho argumentado (‘Aristotle on the role of intellect in virtue’, Proceedings of the Aristotelian Society n.s. 74,1973-4,107-29, repr. in A.O. Rorty, ed., Essays on (…)
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Sorabji (PC1:65-66) – phantasia pode apreender coisas como verdadeiras ou falsas?
21 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro‘Simplício’: Não, isso requer consciência das próprias cognições. ‘Filópono’: Sim. Observe que ambas as respostas se referem ao caráter inventivo da imaginação.
Simplício
A atividade imaginativa é vivida (pathos) pelo fato de a atividade ser dividida e impressionável (typotikon) e inseparável dos corpos; mas depende de nós, porque não fazemos impressões (anaplattomen tous typous) inteiramente em conformidade com os objetos, nem projetamos (proballein) imaginações (phantasiai) com (…) -
Sorabji (PC1:62-63) – doxa e phantasia
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroPlotino voltou à associação de phantasia com doxa, mas “Philoponus” registrou a negação de Aristóteles de identidade de ambas, e “Simplício” endossou esta negação.
Plotino
Deveria então ser óbvio para qualquer um que a aparência (phantasia) está na alma – tanto a primeira que chamamos de opinião, quanto a derivada dela, que não é mais uma opinião, mas, baseada na parte inferior, é uma quase-opinião turva e aparência não avaliada, como a atividade inerente à chamada Natureza, na medida (…) -
Sorabji (PC1:61-62) – distinção doxa e phantasia
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroPlatão transformou a phantasia em doxa com percepção sensorial, Sofista 263E-264D; República 603A. Aristóteles distinguiu a doxa como um apelo à convicção (pistis) e, portanto, à(s) razão(ões) (logos). Os estoicos ofereceram a distinção diferente de que julgamento (krisis) e doxa envolvem dar o assentimento (synkatathesis) da razão à aparência. Alexandre de Afrodísias torna isto estoico ao dar seu ponto de vista.
Aristóteles
Resta, então, ver se phantasia é opinião (doxa), pois opinião (…) -
Sorabji (PC1:51-52) – sensação através de ondas movendo-se através da matéria
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroOndas: Um exemplo da desmaterialização do processo sensorial é o desenvolvimento do conceito de uma onda movendo-se através da matéria, em oposição à matéria em movimento. Quando uma onda se move através da água ou do ar, regiões sucessivas de água ou ar precisam apenas se movimentar para cima e para baixo, embora o pseudo-aristotélico Problemas pareça imaginá-los acompanhando um pouco o movimento. Problemas compara o relato de Aristóteles sobre o movimento de projéteis para introduzir a (…)
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Sorabji (PC1:45-46) – na percepção há mudança qualitativa nos órgãos dos sentidos?
21 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroUm processo de mudança qualitativa nos órgãos dos sentidos é descartado por vários comentaristas de Aristóteles, por Alexandre para evitar uma colisão de cores no olho (cf. também De Anima 62,1-13), e por Themistius, exceto no caso do tato, cujo órgão assume quente, frio, duro e macio. O órgão do tato para Aristóteles está no coração, e a carne serve como meio (ver Themistius em De Anima 76,32-77,22) através do qual as qualidades o afetam.
Alexandre de Afrodísias
Se a visão fosse (…)