(gr. megalophykia; lat. magnanimitas; in. Magnanimity; fr. Magnanimité; al. Grossmuth; it. Magnanimita).
Segundo Aristóteles, a virtude que consiste em desejar grandes honras e em ser digno delas. Aristóteles dá muito relevo a essa virtude, porquanto ela acompanha e “engrandece” todas as outras: “Quem é digno de pequenas coisas e se considera digno delas é moderado, mas não magnânimo; a magnanimidade é inseparável da grandeza, assim como a beleza é inseparável de um corpo grande, já que os corpos pequenos serão graciosos e proporcionais, mas não belos” (Et. Nic, IV, 3, 1123 b 7). A insistência nessa virtude é o sinal da persistência em Aristóteles da ética aristocrática arcaica (cf. Jaeger, Paideia, I; cap. I; trad. it., I, pp. 43 ss.). Para Descartes, magnanimidade é o mesmo que generosidade; identifica-se com a virtude de avaliar-se de acordo com seu próprio valor e não sentir ciúme ou inveja (Pass. de l’âme, arts. 156-61). [Abbagnano]