De un lado, lo divino nos es siempre y en todas partes presente: está ahí, sin que su presencia implique desplazamiento o localización en el tiempo y en el espacio. «El (el Primero), por tanto, no viene, como cabría esperar de lo dicho; si viene, es sin venir; y aparece, aunque no venga, porque está ya ahí (parón) antes que todas las cosas, incluso antes de la venida de la inteligencia.» Y más adelante: «He aquí, ciertamente, una gran maravilla. No ha venido y está ahí. No está en ninguna (…)
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aition / αἴτιον / aítion / aitía / causa / causação / culpa / anaitios / responsabilidade / ἐξαρτῶ / exarto / dependência / depender / Pratityasamutpada / originação dependente / satkaryavada / asatkaryavada
gr. αἴτιον, aítion (ou aitía): culpabilidade, responsabilidade, causa. O conhecimento de uma coisa, qualquer que seja, supõe que se possa lhe atribuir uma causa, cuja definição permitirá não somente explicar porque esta coisa é o que ela é, mas ainda compreender porque esta coisa é o que ela é, o que é sua razão de ser. (Luc Brisson )
gr. ἐξαρτῶ, exarto = depender, dependência
O oposto de satkaryavada na filosofia indiana é asatkaryavada, que geralmente é sustentado pelo budismo, e; a visão oposta ou oposta à vivartavada (dentro da estrutura de satkaryavada) é a teoria da transformação sustentada pelo sistema. Temos então:
satkaryavada | asatkaryavada |
o efeito preexiste na causa | o efeito existe independentemente da causa |
Advaita e Samkhya | Budismo, Mimansa, Nyaya-Vaisesika |
vivarta-vada | parinama-vada |
Advaita | Samkhya |
o efeito é pura ‘aparência’ | o efeito é uma verdadeira ‘transformação’ |
[Deutsch ]
Matérias
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Henri-Charles Puech: Presença de Deus segundo Plotino
24 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (4)
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroEm 1754, Denis Diderot publicou uma série de aforismos intitulada Pensées sur l’interprétation de la nature. Neste ensaio declarava que a superioridade da matemática no domínio da ciência já não é incontestada. A matemática, asseverava, alcançou tão alto grau de perfeição que já não é possível nenhum progresso; daqui por diante, permanecerá estacionária.
Nous touchons au moment d’une grande révolution dans les sciences. Au penchant que les esprits me paroissent avoir à la morale, aux (…) -
Pessoa: REFLEXÕES SOBRE MORAL E ÉTICA
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroO Problema do Mal
A ideia de que esta vida é injusta assenta na de que esta vida é toda a vida, e disto não há prova. Não há dúvida que existe o mal; o de que pode haver dúvida é de que o mal vença, ou de que o mal representa justiça. Qualquer mal que haja, ainda que dê em bem, é mal em si mesmo; não é, porém, necessariamente injustiça. Pode ser o resultado de uma causa anterior, a nós incógnita; pode ser a provação para a conquista de um bem futuro, que desconhecemos. A Moral
1. Moral (…) -
Fernando Gil (ME:22-26) – a sugestão
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSerá então preciso recorrer a Deus para assegurar a realidade do mundo? A leitura de Rosa Alice Branco sugere, é caso de o dizer, que a percepção contém dentro de si, na sua finitude, recursos suficientes para instituir a realidade de que precisa a inteligência humana, tal qual ela é (por isso não faz no fundo sentido chamar-lhe finita, ectípica e não arquetípica ) e sem tão-pouco [22] precisarmos de nos arrimar à inteligibilidade biológica das pregnâncias thomianas, evocadas por Rosa Alice (…)
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Plotino - Tratado 23,9 (VI, 5, 9) — A esfera sensível não possui senão uma única coisa, uma única vida e uma única alma
29 de março de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
9. Si pensamos por añadidura que todas las cosas engendradas -y naturalmente los elementos- originan una figura esférica, no por ello hemos de decir que una pluralidad de causas concurre parcialmente, a su producción, esto es, parte por parte y atribuyéndose cada una la parte que le corresponde, sino que hemos de considerar una causa única que actúa en totalidad y no la actuación de cada parte para la producción de otra diferente. Porque así, de nuevo multiplicaríamos las causas, si (…) -
Barbuy: senso comum (7) - Nietzsche
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro7. Nietzsche, no fim do século XIX, levantou o desesperado clamor de que a vida não tinha mais sentido porque Deus tinha morrido. A negação da realidade do mundo tinha conduzido à negação da realidade de Deus: E que sentido poderia ter o mundo sem Deus? Tudo quanto sempre se concebeu como ordem vital, ou mundo, ou harmonia, ou kosmos supunha a realidade concreta de Deus; os seres reais só podiam ser interpretados no seu vir-a-ser pela composição da potência e do ato, supondo Deus como Ato (…)
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Giuseppe Lumia: Heidegger
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroMartin Heidegger (1889) marca a confluência dos motivos existencialistas kierkegaardianos com o método fenomenológico de Husserl. A sua obra principal, Sein und Zeit, publicada em 1937 no «Jahrbuch» de Husserl, e deixada, como veremos, incompleta, pretende ser uma investigação do sentido do ser, conduzida segundo o método da fenomenologia. Na verdade, segundo Heidegger, o ser não pode ser estudado em si, pois que o ser é sempre o ser de um determinado ente, ou seja de qualquer coisa que é. É (…)
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Plotino - Tratado 39,10 (VI, 8, 10) — Sequência da refutação do advir acidental do Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
10. Convendría preguntar al que dice que el Bien es como es por accidente: ¿y cómo juzgaría, si los hubiese, que algunos hechos accidentales son engañosos? ¿Cómo sería capaz de negar el carácter accidental? Posiblemente respondería que cuando se da una cierta naturaleza se prescinde de la noción de accidente. Mas si atribuye al azar la naturaleza que desecha los accidentes, ¿cómo entonces podría decir que no todo proviene del azar? El principio de que hablamos es ciertamente el que (…) -
Plotino - Tratado 9,5 (VI, 9, 5) — O Uno é absolutamente simples e é o princípio de todas as coisas
26 de março de 2022, por Cardoso de CastroTradução desde MacKenna
5. Quem quer que imagine que os seres são governadas pela fortuna e pelo azar, e que devem sua coesão a causas corporais, está longe de deus e da noção do Uno. Nosso discurso não se dirige a esses, mas àqueles que estabelecem uma natureza distinta dos corpos e que remontam até a alma. Mas é preciso ainda que tenham bem compreendido a natureza da alma, e suas outras características, principalmente que ela vem do intelecto e que possui a virtude em participando à (…) -
Giuseppe Lumia: a filosofia da existência - Kierkegaard
4 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro«Um dia, não somente os meus escritos, mas a minha própria vida serão atentamente estudados», assim escrevia Kierkegaard em uma página do seu diário. Esse dia tardou quase um século a chegar. Só entre as duas guerras amadureceria aquela «Kierkegaard-Renaissance», que, iniciada na Alemanha, deveria, pouco tempo passado, imprimir grande parte do pensamento ocidental. Kierkegaard foi, no seu tempo, um desconhecido. A sua fama não ultrapassou, parece, as fronteiras da pequena Dinamarca. O (…)
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Plotino - Tratado 39,14 (VI, 8, 14) — Refutação da existência contingente do Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
14. Y aún convendrá plantear las cosas de esta manera: lo que nosotros entendemos por ser es, o bien idéntico a sí mismo, o bien diferente de si. Tomamos el ejemplo del hombre y vemos que difiere de su esencia, que es la humanidad, aunque verdaderamente participe de ella. En cuanto al alma, se considerará idéntica a su esencia si es de hecho un ser simple que no dice relación a otra cosa . El hombre, visto en sí mismo, también sería idéntico a la humanidad. Se concibe la diferencia (…) -
Barbuy: Das capas da realidade
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroQuando começamos a perguntar o que é a realidade, começamos também a perguntar o que é. A primeira visão que se nos oferece neste mundo sujeito à mudança e à corrupção é constituída por um conjunto de qualidades, de fenômenos — (o que Heidegger recentemente denominava “mundo à mão”, zuhandene Welt); a primeira capa da realidade não é senão aquela que os sentidos percebem, feita só de mudança e de acidente, dos objetos que nos cercam e com os quais vivemos, de cuja realidade não duvidamos e (…)
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Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroIntuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo que é e não é.
Refutando esta contradição Parmênides enunciou o princípio de contradição, pelo qual o que é, é; o que não é, não é; ou como (…) -
Maurizio Ferraris (GK:3-4) – a revolução kantiana
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castroportuguês
Quando morreu, aos oitenta anos, em 12 de fevereiro de 1804, Kant esquecia tanto quanto Ronald Reagan no final de sua vida. Para superar isso, escrevia tudo em uma grande folha de papel, na qual reflexões metafísicas estavam misturados com contas de lavanderia. Ele era a melancólica paródia do que Kant considerava o princípio mais elevado de sua própria filosofia, ou seja, que um "eu penso" deve acompanhar toda representação ou que há um único mundo para o eu que o percebe, que o (…) -
Giuseppe Lumia: Sartre
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroO «fenômeno» Jean Paul Sartre não interessa somente à filosofia, ao teatro, ou à literatura, — é um «fenômeno» que implica com os próprios costumes. Se em um certo momento, isto é, no após-guerra, o existencialismo se tornou uma moda e ultrapassou o círculo restrito dos especialistas, criando à sua volta «uma atmosfera de curiosidade e de escândalo», deve-se isso, em larga medida, à influência de Sartre, ao interesse despertado pela sinceridade quase brutal com que ele tratou nos seus (…)
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Giuseppe Lumia: Abbagnano
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDominada durante trinta anos pelo idealismo, a cultura italiana só tarde se interessou pela filosofia da existência. A princípio não a tomou a sério, para o que basta recordar as muito conhecidas e ligeiras apreciações de Croce e De Ruggero. Mesmo pensadores de formação diferente, como Bobbio, nada mais viram nela que a transcrição, em tom filosófico, dos motivos típicos do decadentismo literário. O que feriu os italianos e fez que adotassem para com a filosofia da existência uma atitude (…)
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Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroAntropologia Filosófica Ernst Cassirer Trad. Vicente Felix de Queiroz Editora Mestre Jou 1972
Parece ser universalmente admitido que a meta mais elevada da indagação filosófica é o conhecimento de si próprio. Em todos os conflitos travados entre as diferentes escolas filosóficas, este objetivo permaneceu invariável e inabalado: revelou-se o ponto de Arquimedes, o centro fixo e imutável, de todo pensamento. Nem mesmo os mais céticos pensadores negaram a possibilidade e a necessidade do (…) -
Plotino - Tratado 10,1 (V, 1, 1) — A alma deve se conhecer a si mesma para reencontrar "o deus que é seu pai"
16 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
1. ¿Cómo podremos explicar que las almas hayan olvidado a Dios, su padre, y que, siendo como son partes de él y que a él pertenecen por entero, se ignoren a sí mismas y le ignoren a él?. Digamos que el principio del mal es para ellas la audacia, la generación, la diferenciación primera y el deseo de ser ellas mismas. Pues queriendo gozar de su independencia, se sirven del movimiento que ellas poseen para dirigirse al lugar contrario al que ocupa la divinidad. Llegadas a este punto, (…) -
Pessoa: Philosopho Hermetico III
1º de agosto de 2014, por Cardoso de Castro27 10 M3 11 — Philosopho Hermetico
Assim o Novo Testamento ... Ninguém se lembra de perguntar se as próprias interpolações, emendas, etc., com que nos chega não serão inspiradas também... Inspirados são todos e em tudo; depende a ciência real da consciência que dessa inspiração se tem.
A base da vida universal é o corpo, a coisa; a da vida social a palavra;
Para o philosopho hermetico os corpos não existem, e as palavras. ..
27 19 M3 — Hermetic Philosopher.
S. Paulo é a passagem do (…) -
Nietzsche (GM:13) – o agente
9 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroLima de Souza
13. — Mas voltemos atrás: o problema da outra origem do “bom”, do bom como concebido pelo homem do ressentimento, exige sua conclusão. — Que as ovelhas tenham rancor às grandes aves de rapina não surpreende: mas não é motivo para censurar às aves de rapina o fato de pegarem as ovelhinhas. E se as ovelhas dizem entre si: “essas aves de rapina são más; e quem for o menos possível ave de rapina, e sim o seu oposto, ovelha — este não deveria ser bom?”, não há o que objetar a esse (…)