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politeia

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

gr. politeia   = Estado?. Se a etimologia remete ao latim status (de stare), o sentido? da palavra? remete ao grego polis? (cidade) e ao latim civitas. A palavra Estado, no entanto só aparece no século XVI em Guichardin e Machiavel. [Notions philosophiques  ]


Politeia? [πολιτεία] parece apresentar problemas [de tradução] diferentes: o politês [πολίτης] sendo um membro da polis (daí o cidadão), politeia designa, distributivamente, a participação dos cidadãos na cidade-estado como um todo e, portanto, “cidadania , ou coletivamente, a organização dos cidadãos em um todo e, portanto, "constituição" ou "regime". Mas, novamente, é difícil separar realidades históricas dos conceitos que a filosofia? baseia nelas, pois esse é o título que Platão dá ao seu principal trabalho? sobre política - a República (Politeia) - e o nome que Aristóteles dá a uma politeia em particular? entre todas aquelas que lhe parecem possíveis. [CASSIN  , Barbara (ed.). Dictionary of Untranslatables. A Philosophical Lexicon. Princeton: Princeton University Press, 2014 (epub)]


Primeiro (esta é a definição mais geral?, a mais abstrata, cujo exemplo é dado? em Política Livro? III 1275a30), uma politeia existe, quer dizer que há "cidadãos" e, como resultado, uma "lei? da cidade", "onde os indivíduos que a constituem e alternam entre diferentes posições de poder? exercem um aoristos arche?: um cargo indefinido?, temporalmente indefinido, mas também indefinido com relação a seu objeto? e suas modalidades, o que os torna "soberanos" ou "mestres", da comunidade? à qual eles próprios pertencem (kurioi ou kuriotatoi).

Segundo (esta é a definição principal, discriminadora, dada em 1277a25), existe uma politeia entre aqueles que, dependendo das circunstâncias, podem alternativamente estar na posição de dar ordens (archein) ou recebê-las (archesthai), que são em um momento? de ordenando e outro obedecendo e, neste sentido, giram livremente entre as posições de poder.

Terceiro e finalmente (esta é a definição final dada em 1282a25 e seguintes trechos e repetida no Livro V, em 1301a25), existe uma politeia onde os poderes ou "ofícios" (ainda archai) são "proporcionalmente" (isas) distribuídos entre os cidadãos relativos às suas competências ou capacidades e de acordo? com a lei (nomos?). Nisto, Aristóteles expressa sua crença ou esperança na cidade [polis] como uma forma? concreta e estável, que é o que permitiria atingir efetivamente seu objetivo? natural?, que é o bem? comum. [BALIBAR, Étienne. Citizenship. Cambridge: Polity Press, 2015, p. 13]