(in. Sensationalism; fr. Sensualisme, Sensationisme; al. Sensualismus; it. Sensismó).
Doutrina que reduz conhecimento a sensação e realidade a objeto da sensação. Kant chamava Epicuro de sensacionista (Crítica da Razão Pura, Doutrina do Método, cap. IV). Nas filosofias modernas, esse nome foi reservado às doutrinas segundo as quais todos os conhecimentos derivam dos sentidos: essa tese foi entrevista por Hobbes (Leviath., I, 1), mas foi só Condillac que procurou demonstrá-la, dizendo que das sensações desenvolvem-se gradativamente os conhecimentos e as próprias faculdades humanas (Traité des sensations, 1754). Esse termo costuma ser aplicado a doutrinas desse tipo. É raro (e impróprio) que ele seja aplicado ao empirismo de cunho lockiano (que admite, ao lado da sensação, uma outra fonte de conhecimento, que é a reflexão). [Abbagnano]