Um dos sofismas enunciados por Aristóteles (El. sof., 5, 167 b 21), que consiste em assumir como causa (ou seja, como premissa) aquilo que não o é, donde resultam uma consequência impossível e a aparente refutação do adversário. É uma falácia que ocorre especialmente na redução ao absurdo. O exemplo dado por Aristóteles é o seguinte: Quem quiser reduzir ao absurdo a afirmação de que alma e vida são a mesma coisa assim procederá: a morte e a vida são contrárias; a geração e a corrupção são contrárias; mas a morte é corrupção, logo a vida é geração. Mas isto é impossível, porque o que vive não gera, mas é gerado; portanto, alma e vida não são a mesma coisa. A falácia aqui consiste em eliminar a premissa “Alma e vida são a mesma coisa” e substituí-la por outra: “Morte e vida são coisas contrárias” (cf. Pedro Hispano, Summ. log, 7.56-57; Arnauld, Log., III, 19, 3; Jungius, Log, VI, 12, 11, etc). [Abbagnano]
non causa pro causa (ou falsa causa)
É a falácia que consiste em tratar como causa o que realmente não o é, o que é verificado pela redução ao absurdo. [MFSDIC]