Temos diversos modos de conhecimento, como já expusemos na Psicologia.
Na intelectualidade, temos o conhecimento do singular (intuitivo sensível) e o do geral (racional). A razão polariza seu conhecimento entre verdadeiro e falso, e o estrutura num método, que é a lógica. A intuição, polariza-o entre o certo e o errado, que é escalar. Enquanto a razão é por natureza excludente, nós empregamos um método de análise do pensamento intelectual, que sintetiza a razão e a intuição, sem excluí-las de forma alguma.
A sensibilidade, através das intuições sensíveis, e mais primariamente em sua lógica dos órgãos, que são os instintos, é regional e tópica, na lógica dos reflexos, e nos dá também um conhecimento que ultrapassa o campo da consciência vigilante, M que interessa sobretudo aos psicólogos em profundidade, o que imo deixa de ser tomado em consideração pelos estudiosos da filosofia.
A polarização da sensibilidade em prazer-desprazer, em agradabilidade-desagradabilidade, nos indica que na formação dos esquemas estruturados, há a presença da agradabilidade, da desagradabilidade, ou da indiferença, esta implicando um equilíbrio entre ambas.
Há ainda um conhecimento afetivo, a phronesis (gr.), que já estudamos. A afetividade polariza-se nos valores antipatéticos ou simpatéticos, escalarmente, e permite um conhecimento vivencial, “fronético”.
A interatuação (reciprocidade) entre os aspectos funcionais e operatórios do nosso espírito nos permite uma análise dialético-noética do nosso conhecimento, tema examinado na “Teoria Geral das Tensões”, onde formularemos uma dialética concreta, capaz de nos permitir captar todas as distinções de nossos conhecimentos, nem sempre presentes, devido às unilateralidades costumeiras dos que se colocam num dos poios fundamentais do nosso espírito, com a exclusão do outro, como frequentemente procedem intelectualistas, racionalistas, irracionalistas, intuitivistas, e outros.
Qual o valor desses conhecimentos é a principal pergunta que deve responder a criteriologia, quer dos conhecimentos imediatamente obtidos, quer dos fornecidos pelas diversas modalidades da intuição, como os operatórios, procedidos mediatamente, como o realiza a razão. [MFS]