LA ROCHEFOUCAULD (François VI, duque de), moralista francês (Paris 1613 — id. 1680). Até à morte de seu pai, François V (1650), usa o título de “príncipe de Marcillac”. Representante quase perfeito da aristocracia do séc. XVII, sua vida dividiu-se entre a intriga na época da Fronda e a frequentação dos salões literários. Apesar de ter escrito uma primeira obra em 1662 (Memórias contendo as manobras para o governo com a morte de Louis XIII), tira sua celebridade das Reflexões ou sentenças e máximas morais de 1664, reeditadas em 1666, 1671, 1675 e 1678, onde estão expressas sua misantropia e sua própria experiência da ingratidão humana. O autor esforça-se por encontrar móveis de interesse pessoal atrás de todas as ações humanas. A influência de Mme. de La Fayette, sucedendo a de Mme. de Sablé, levou-o a atenuar o que algumas de suas máximas tinham de absoluto demais. Pensador jansenista, La Rochefoucauld é também um artista da língua: a concisão de suas máximas é um dos segredos de sua arte. [Larousse]