(lat. deitas; in. Deity, fr. Déité, al. Gottheit; it. Deita).
Em geral, a essência ou natureza divina; e esse é o sentido encontrado em S. Agostinho (De Trin., IV, 20) e S. Tomás (5. Th., I, q. 39, a. 5 ad 6S). No séc. XII, porém, Gilbert de la Porrée identificou Deus com a deidade, distinguindo de deidade, que seria a forma ou a essência comum, as três pessoas da Trindade. Essa doutrina, que era uma espécie de triteísmo, porque estabelecia entre as três pessoas divinas e a deidade a mesma relação que há entre os indivíduos humanos e a humanidade, foi condenada por S. Bernardo no Concilio de Paris de 1147 e no de Reims de 1148. Desde então os escolásticos evitaram o termo deitas (que aparece raramente) e em seu lugar usaram simplesmente Deus. Esse termo foi empregado por Alexander para indicar “a qualidade empírica proximamente superior ao espírito, em cujo nascimento o universo está empenhado”, ou seja, que será a próxima realização, e sobre cuja evolução emergente nada se sabe (Space, Time and Deity, 1920, II, p. 346). [Abbagnano]