A atividade teórica do homem; opõe-se à ação no mundo. — O problema filosófico do conhecimento é triplo: 1.° O problema da origem dos conhecimentos humanos é o de saber se eles procedem da experiência (empirismo) ou da razão (racionalismo). Chegou-se a pensar que se o conteúdo de nossos conhecimentos se desenvolve com a ampliação de nossa experiência, com os progressos da ciência, por outro lado a forma mesma de toda compreensão humana, isto é, os “princípios” do conhecimento, são de origem racional e comuns a todos os espíritos humanos (assim é, segundo o “conceptualismo” de Kant); 2.° O da natureza do conhecimento leva-nos a distinguir diversas formas de conhecimento, principalmente as que dependem do espírito de finura (por exemplo, a compreensão que liga o médico clínico a seu doente) e as que dependem do espírito de geometria (por exemplo, o conhecimento matemático ou físico). O primeiro tipo de conhecimento é requerido por todas as “ciências humanas” (psicologia,, sociologia, pedagogia etc.); o segundo tipo convém às ciências do mundo; 3.° Finalmente, o problema do alcance de nosso conhecimento é o de saber se podemos atingir o absoluto e a natureza íntima das coisas, como pensa o dogmatismo (Platão, Hegel), ou se nosso conhecimento permanece limitado, ao mundo dos fenômenos sem poder jamais se pronunciar sobre os três problemas fundamentais: o da natureza da matéria, o da essência da alma humana (e o de sua imortalidade) e o da existência de Deus (e o de sua natureza), como pensa o agnosticismo (Kant, A. Comte). [Larousse]
O conhecimento é um dado primitivo da realidade, e, enquanto tal, indefinível. Significa originariamente o fato admirável de um ente, o espírito, não só estar presente a outros entes, mas, por assim dizer, ser transparente a si mesmo, “cônscio de si mesmo”, estar “em si, dentro de si”, e, ao mesmo tempo sair de si e ultrapassar seu próprio âmbito, refletindo em si o “outro” e, de algum modo, convertendo-se em todas as coisas”, como diz Aristóteles. Com frequência se emprega o termo “conhecimento (como também a palavra latina cognitio: cognição) em sentido muitíssimo amplo (1), para designar qualquer ato vital em que, um ser espiritual ou sensitivo, como sujeito cognoscente, “se dá conta de” um objeto. Em acepção mais restrita, conhecimento (2) é apenas o juízo verdadeiro e seguro ( Verdade, Certeza), portanto apenas a perfeição do conhecimento na acepção (1). Os modos mais imperfeitos de uma posse consciente de objetos aparecem então como meios ou fontes do conhecimento.
O conhecimento (1) é, como “ato vital”, uma perfeição ontológica ima-nente ao sujeito, todavia, enquanto “dar-se conta” de um outro, conduz, para além dos limites do sujeito, a objetos (VIDE objeto); denota, portanto, o fazer-se uma só coisa com o objeto (operação essa denominada intencional, em oposição ao ser real uno). As questões mais importantes da metafísica do conhecimento (problema da essência do conhecimento e sua radicação tanto no ser do cognoscente quanto no do conhecido), da psicologia do conhecimento (problema das leis que regem a produção do conhecimento) e da epistemologia ou teoria do conhecimento (problema do valor objetivo do conhecimento), giram em torno da misteriosa unidade e contraste da imanência do ato e da transcendência de sua orientação intencional para o objeto.
Por sua essência, todo conhecimento (tanto pelo ato entitativo ou ontológico como pelo seu caráter intencional representativo) radica primariamente no ser, desligado da matéria, do sujeito cognoscente. Só entes dotados de algum grau de imaterialidade são capazes de apreender objetos de conhecimento e de formar, em si mesmos, à maneira de imagem, uma reprodução dos mesmos, sem com isso perderem sua forma natural. Quanto mais desligado da matéria for o sujeito, tanto mais perfeito será seu conhecimento: O ato de conhecimento sensitivo (essencialmente material, imediatamente co-realizado pelo material) apreende só as facetas exteriores, os modos fenomenais sensíveis de coisas materiais. O espírito finito e criado do homem penetra através destes modos fenomenais até ao âmago essencial, põe as questões relativas à essência, à existência e ao sentido pleno e apresenta as respostas a essas questões, de maneira não intuitiva. Mas não consegue falar do infinito senão analogamente (analogia), partindo das relações do finito com o infinito, nem, devido à união do corpo e alma, lo-
gra conceber o espiritual finito, a não ser à base de dados experimentais empíricos, geralmente de ordem sensorial (conceito). Discute-se se é possível, e até que ponto, que o espírito humano, mantendo-se unido ao corpo, seja capaz de, por suas próprias forças naturais, se desprender excepcionalmente de sua íntima vinculação às imagens sensíveis e de obter uma intuição do espiritual (não do divino). Deus, Espírito absoluto, abarca por sisi mesmo a plenitude de todo cognoscível em seu ato cognitivo único, simples, substancial e necessário.
Na formação do conhecimento humano interferem as leis gerais de potência e ato, de maneira que objeto e sujeito devem colaborar para que ele seja levado a efeito. A faculdade cognoscitiva do sujeito, de si indeterminada, requer uma assimilação ao objeto. Esta dá-se mediante uma determinação (species impressa) condicionada pelo objeto e recebida vitalmente na faculdade cognoscitiva. Só com esta determinação é que a faculdade congnoscitiva constitui o princípio suficientemente determinado capaz de originar o ato de conhecimento. O ato cognoscitivo propriamente dito, produzido pela faculdade (previamente determinada pelo objeto) é imanente a esta, é gerado por força própria e confere à mesma faculdade perfeição ontológica e intencional. Neste ato, o sujeito gera em si uma semelhança do objeto, a chamada imagem cognoscitiva (species expressa, no entendimento = verbum mentis; teoria da imagem), a qual, é óbvio, não deve ser confundida com qualquer imagem rígida. Pelo ato cognoscitivo, que se baseia nesta imagem, e que a abarca, o sujeito conhece o objeto, na medida e modo em que este aparece naquela. (Do mesmo modo que na imagem de um espelho, sem saber que se trata de mera reflexão, se conhece com precisão de imediatidade o objeto refletido). Nesta concepção do conhecer, mediante um meio cognoscitivo, não existe, por forma alguma, o perigo de um subjetivismo gnoseológico (v. realismo). — O conhecimento especificamente humano, considerado era globo, é um todo “configurado”, que se desdobra em várias funções parciais essencialmente diferentes. Parte destas pertence ao domínio do conhecimento sensorial, e outra parte são atos do entendimento (pensamento), simplesmente apreensivos (“intuitivos”, em sentido lato) ou progressivos com peculiar atividade consciente (“discursivos”). — Via de regra, fala-se, e com razão, do conhecimento apenas como de vivência “consciente”, visto ser difícil conceber como alguém possa “dar-se conta” de um ente, sem que este se introduza em sua consciência. Isto não exclui, de maneira nenhuma, uma multidão de processos inconscientes (o inconsciente) que preparam o conhecimento consciente e, sem consciência recordatória, podem levar a “reações inteligentes”. (Sobre os problemas das chamadas “percepções extra-sensoriais” e do “conhecimento extra-racional” do espírito, ocultismo, mística; irracional, intuição). —Willwoll [Brugger]
Quase todos os filósofos trataram os problemas do conhecimento, mas a importância adquirida pela teoria do conhecimento como “disciplina filosófica” é um assunto relativamente recente. Os gregos trataram problemas gnoseológicos, mas costumavam subordiná-los a questões depois chamadas ontológicas. A pergunta “o que é o conhecimento?” esteve muitas vezes em estreita relação com a pergunta “o que é a realidade?” Algo de parecido aconteceu em muitos filósofos medievais. Isto não quer dizer que não trataram pormenorizadamente o problema do conhecimento. Contudo, é plausível defender que só na época moderna – com vários autores renascentistas interessados no método e com Descartes, Malebranche, Leibniz, Locke, Berkeley, Hume e outros – o problema do conhecimento se converte amiúde em problema central – embora não único – do pensamento filosófico. A constante preocupação dos autores aludidos e citados, pelo método e pela estrutura do conhecimento é, a este respeito, muito sintomático. Todavia, não se concebia um estudo do conhecimento como capaz de dar impulso a uma disciplina filosófica especial. A partir de Kant, em contrapartida, o problema do conhecimento começou a ser objeto da teoria do conhecimento. É indubitável que teoria ocupa um lugar muito destacado no pensamento desse filósofo. Por isso, alguns autores chegaram à conclusão de que a teoria do conhecimento é a disciplina filosófica central. Outros tentaram mostrar que é uma disciplina independente ou relativamente independente. Em todo o caso, pode continuar a reconhecer-se à teoria do conhecimento um lugar destacado sem, por isso, a separar de outras disciplinas filosóficas.
Trataremos dos seguintes aspectos do problema do conhecimento: a descrição do fenômeno do conhecimento ou fenomenologia do conhecimento; a questão da possibilidade do conhecimento; a questão do fundamento do conhecimento; a questão das formas possíveis do conhecimento.
FENOMENOLOGIA DO CONHECIMENTO: Entendemos o termo “fenomenologia” num sentido muito geral, como “pura descrição daquilo que aparece”; a fenomenologia do conhecimento propõe-se descrever o processo do conhecer como tal, isto é, independentemente de, previamente a , quaisquer interpretações do conhecimento de quaisquer explicações que se possam dar das causas do conhecer. Portanto, a fenomenologia do conhecimento não é uma descrição genética e de fato, mas “pura”. A única coisa que tal fenomenologia procura pôr a claro é o que significa ser objeto do conhecimento, ou ser sujeito cognoscente, apreender o objeto, etc.
Parece óbvio o resultado de tal fenomenologia: Conhecer é aquilo que tem lugar quando um sujeito apreende um objeto. Contudo, o resultado não é óbvio nem tão-pouco simples. Portanto, a pura descrição do conhecer põe em relevo a indispensável coexistência, co-presença e, de certo modo, co-operação, de dois elementos que não sã admitidos com o mesmo grau de necessidade por todas as filosofias. Algumas filosofias insistem no primado do objeto (realismo em geral); outras, no primado do sujeito (idealismo em geral); Outras na equiparação neutral de sujeito e de objeto. A fenomenologia do conhecimento não reduz nem tão-pouco equipara: reconhece a necessidade do sujeito e do objeto sem precisar em que consistem cada um deles isto é sem se deter a averiguar a natureza de cada um deles ou de qualquer suposta realidade prévia a eles ou que consiste na fusão deles.
Conhecer é, pois, o ato pelo qual o sujeito apreende o objeto. O objeto deve ser, pelo menos gnoseologicamente, transcendente ao sujeito, pois, de contrário, não haveria apreensão de algo exterior: O sujeito apreender-se-ia de algum modo a si mesmo. Dizer que o objeto é transcendente ao sujeito não significa, contudo, dizer que há uma realidade independente de qualquer sujeito: A fenomenologia do conhecimento não adopta, para já, nenhuma posição idealista, mas tão-pouco realista. Ao apreender o objeto, este encontra-se de certo modo “em o sujeito”. Não está nele, contudo, nem física nem metafisicamente: está nele só representativamente. Por isso, dizer que o sujeito apreende o objeto equivale a dizer que o representa. Quando o representa tal como o objeto é, o sujeito tem um conhecimento verdadeiro (embora possivelmente parcial) do objeto, quando o não representa tal como é, o sujeito tem um conhecimento falso do objeto.
Por isso, o tema da fenomenologia do conhecimento é a descrição do ato cognoscitivo, como ato de conhecimento válido, não a explicação genética do dito ato ou a sua interpretação METAFÍSICA.
POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO: À pergunta “é possível o conhecimento?”, foram dadas respostas radicais. Uma é o cepticismo, segundo o qual o conhecimento não é possível. Isso parece ser uma contradição, pois afirma-se ao mesmo tempo que se conhece algo, a saber, que nada é cognoscível. Contudo, o cepticismo é, amiúde, uma atitude de que se estabelecem “regras de conduta intelectual”. Outra é o dogmatismo, segundo o qual o conhecimento é possível; mais ainda: as coisas conhecem-se tal como se oferecem ao sujeito. As respostas radicais não são as mais frequentes na teoria do conhecimento. O mais comum é adotarem-se variantes moderadas do cepticismo ou do dogmatismo. Com efeito, nas formas moderadas costuma afirmar-se que o conhecimento é possível, mas não de um modo absoluto, mas só relativamente. Os cépticos moderados costumam defender que há limites no conhecimento. Os dogmáticos moderados costumam defender que o conhecimento é possível, mas só dentro de certos supostos. Tanto os limites como os supostos se determinam por meio de uma prévia reflexão crítica sobre o conhecimento. Os cépticos moderados usam frequentemente uma linguagem psicológica ou, em todo o caso, procuram examinar as condições concretas do conhecimento. Quando o que resulta é só um conhecimento provável, o cepticismo moderado adopta a chamada tese do probabilismo. os dogmáticos moderados, em contrapartida, usam uma linguagem predominantemente crítica-racional. O que tentam averiguar não são os limites concretos do conhecimento mas os seus limites abstratos, isto é, os limites estabelecidos por supostos, finalidades, etc.
É fácil ver que enquanto os cépticos moderados se ocupam permanentemente da questão da origem do conhecimento, os dogmáticos moderados se interessam pelo problema da validade do conhecimento.
Outros tentaram descobrir um fundamento para o conhecimento que fosse independente de quaisquer limites, supostos, etc. Isso aconteceu com Descartes, ao propor o cogito ergo sum, e com Kant ao estabelecer aquilo a que se pode chamar o “plano transcendental”. No primeiro caso, conhecer é partir de uma ideia (que é ao mesmo tempo o resultado de uma intuição básica). No segundo caso, conhecer é sobretudo”constituir”, isto é, constituir o objeto enquanto objeto de conhecimento.
FUNDAMENTO DO CONHECIMENTO: uma vez admitido que o conhecimento é possível, fica todavia por averiguar o problema dos fundamentos dessa possibilidade. Alguns autores sustentaram que o fundamento da possibilidade do conhecimento é sempre a “realidade”, ou, como por vezes se diz, “as próprias coisas”.
Contudo, a expressão “a realidade” não é de modo algum unívoca. Para falou-se de realidade sensível diferente de uma “realidade inteligível”. Não é o mesmo dizer que o fundamento do conhecimento está na realidade sensível (nas impressões, nas percepções etc) como o fizeram muitos empiristas, que dizer que tal fundamento está na realidade inteligível (nas ideias ou sentido mais ou menos platônico), como o fizeram muitos. Por outro lado, adotando-se embora a este respeito uma posição empirista ou racionalista, há muitas maneiras de apresentar, elaborar ou defender a posição correspondente. Assim, por exemplo, o empirismo dito racionalista propõe nem só o conhecimento da realidade sensível está fundado em expressões, mas o está também o conhecimento das realidades (ou quase realidades) não sensíveis, tais como os números ou figuras geométricas e, em geral, todas as ideias e todas as abstrações. Mas o empirismo radical não é a única forma aceite, ou aceitável, de empirismo. Pode adotar-se um empirismo dito por vezes “moderado”, segundo o qual o fundamento do conhecimento reside nas impressões sensíveis, mas estas só proporcionam a base primária do conhecer – uma base sobre a qual assentam as ideia gerais. Pode adotar-se um empirismo a que, por vezes, se chamou total: é o que recusa ater-se às impressões sensíveis por considerar que estas são só uma parte, e não a mais importante, da experiência. A experiência não é unicamente a experiência sensível, pode ser também experiência intelectual, experiência histórica ou experiência interior, ou todas elas ao mesmo tempo, Pode adotar-se também um empirismo que não deriva o conhecimento das estruturas lógicas e matemáticas das impressões sensíveis, precisamente porque considera que essas estruturas não são nem empíricas nem tão pouco racionais: são estruturas puramente formais, sem conteúdo. Isso acontece com Hume e diversas formas do neopositivismo. Pode adotar-se também um empirismo que parte do material dado para as expressões sensíveis, mas admite a possibilidade de abstrair delas “formas” é o empirismo de cariz aristotélico e os derivados do mesmo. Quanto ao chamado grosso- modo, racionalista, adotou também formas muito diversas, de acordo com o significado que se tenha dado às expressões como “realidade inteligível”, ideias, formas, razões, etc. Com efeito não é a mesma coisa um racionalismo que parte do inteligível como tal para considerar o sensível como reflexão do inteligível, de um racionalismo para o qual o conhecimento se funda na razão, mas onde esta não é uma realidade inteligível, mas um conjunto de supostos ou evidências, uma série de verdades eternas.
Outras duas posições capitais são as conhecidas pelos nomes de realismo e idealismo. Indiquemos aqui unicamente que o que é caraterístico de cada uma dessas posições é a insistência em tomar um ponto de partida no objeto ou no sujeito. Mesmo assim, não é fácil explicar o significado próprio de realismo e de idealismo, em virtude dos muitos sentidos que adquirem dentro destas posições os termos objeto e sujeito. Assim, no que diz respeito ao sujeito, a natureza da posição adotada depende, em grande parte de se se entende o sujeito em questão como sujeito psicológico, como sujeito transcendental no sentido kantiano, como sujeito metafísico.
FORMAS DO CONHECIMENTO: Já nos referimos ao conhecimento como conhecimento sensível e como conhecimento inteligível. Em muitos casos, admite-se que ambas as formas de conhecimento são intuitivas, mas, por vezes, propõe-se que o conhecimento intuitivo é distinto de todas as demais formas de conhecimento. Isso acontece especialmente quando se entende a intuição como um acesso à realidade absoluta.
Particularmente significativa foi a classificação das formas de conhecimento proposta por Nicolau de Cusa. Cusa distinguiu quatro graus de conhecimento: os sentidos que proporcionam imagens confusas e incoerentes; a razão que as diversifica e ordena; o intelecto ou razão especulativa, que as unifica; e a contemplação intuitiva, que, ao levar a alma à presença de Deus, alcança o conhecimento da unidade dos contrários.
Outras formas de conhecimento de que se falou muitas vezes são o conhecimento a priori e o conhecimento a posteriori. Finalmente, podem distinguir-se formas de conhecimento de acordo com divisões introduzidas na própria realidade e no modo de a considerar. Propôs-se neste sentido, uma divisão entre o conhecimento da Natureza e o conhecimento do espírito. Rickert e Wildenband insistiram com particular ênfase nessa distinção, que hoje não é aceite por todos os epistemólogos. De qualquer modo, há que destacar que o problema das formas de conhecimento está neste caso relacionado com o problema da classificação dos saberes. [Ferrater]
O conhecimento realiza-se necessariamente por meio de uma antítese: tudo é antítese para o homem; é em sisi mesmo uma antítese primitiva e indelével; forma una com o universo. (Essai sur les fondements de la psychologie et sur ses rapports avec l’étude de la nature, Introd. geral, III, nota.) [Maine de Biran]