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dualidade

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

37. «Coisas?», sendo unicamente o que são e como são, nada? têm de equívoco, mas todo o «símbolo», que só o é, quando Homem e Mundo? já não são coisas, sempre se nos apresenta como certa ambiguidade? e ambivalência. Aqui, falo de «ambiguidade» como do que poderia correr em sentidos inversos, e de «ambivalência» como o valer o que valha o quer que corra em qualquer dos dois contrários sentidos. Duas partes de um todo acham-se reunidas a outra e, todas três, relegadas no símbolo, enquanto dure a sua manipulação ritual; mas antes que esta comece e depois que acabe, ou durante eventuais pausas desse ludus kat’exokhén, sempre se arriscará a fissão desastrosa: duas das partes caem até passar para aquém do horizonte? da objetividade?, revertendo-se em coisa?-Mundo e Homem-coisa, enquanto a terceira se evola   até passar para além do horizonte da Realidade?, convertendo-se em só possível vir a ser? origem? das «coisas» que, acrescidas dele, se reconstituirão em símbolo, e, entretanto, o que se nos depara é ausência, marca de presença desvanecida daquela trans-objetividade que é «já não» e «ainda não» —já não «objeto?», mas ainda não «real?». «Já não» e «ainda não», sem referência a Objetividade e a Realidade, são nomes simultaneamente aplicáveis e que bem? se podem aplicar a um abismo?. E este só poder?á vir a ser o liminar-Purgatório das «coisas», quando alguém construa uma ponte. [EudoroMito:124]


LÉXICO: dualidade?