Filosofia – Pensadores e Obras

Categoria: Mundo como Vontade e como Representação I

  • De fato, Malebranche tem razão. Toda causa na natureza é causa ocasional, apenas dá a oportunidade, a ocasião, para o fenômeno da Vontade una, indivisa, em-si de todas as coisas, e cuja objetivação grau por grau é todo este mundo visível. Apenas a entrada em cena, o tornar-se-visível neste lugar, neste tempo, é produzido pela…

  • — Pois em cada coisa na natureza há algo a que jamais pode ser atribuído um fundamento, para o qual [I 148] nenhuma explanação é possível, nem causa ulterior pode ser investigada. Trata-se do modo específico de seu atuar, ou seja, justamente a [184] espécie de sua existência, sua essência. Para cada efeito isolado de…

  • De fato, a busca da significação do mundo que está diante de mim simplesmente como minha representação, ou a transição dele, como mera representação do sujeito que conhece, para o que ainda possa ser além disso, nunca seria encontrada se o investigador, ele mesmo, nada mais fosse senão puro sujeito que conhece (cabeça de anjo…

  • Quem reconheceu a forma do princípio de razão que aparece no tempo puro como tal e na qual se baseia toda numeração e cálculo, também compreendeu toda a essência do tempo. Este nada mais é do que justamente aquela forma do princípio de razão, e não possui nenhuma outra propriedade. Sucessão é toda a sua…

  • [I 3] “O mundo é minha representação [Vorstellung].” Esta é uma verdade que vale em relação a cada ser [Wesen] que vive e conhece, embora apenas o homem possa trazê-la à consciência [Bewußtseyn] refletida e abstrata. E de fato o faz. Então nele aparece a clarividência filosófica. Torna-se-lhe claro e certo que não conhece sol…

  • Jair Barboza Em todo grau que o conhecimento brilha, a Vontade aparece como indivíduo. No espaço e no tempo infinitos o indivíduo humano encontra a si mesmo como finito, em consequência, como uma grandeza desvanecendo [400] se comparada àquelas, nelas imergido e, devido à imensidão sem limites delas, tendo sempre apenas um QUANDO e um…

  • A questão acerca da realidade do mundo exterior, tal qual a consideramos até agora, sempre se originou de um engano da razão consigo mesma, alçado à confusão geral, de modo que a questão só podia ser respondida mediante o esclarecimento de seu conteúdo. Após o exame da essência inteira do princípio de razão, da relação…

  • Jair Barboza Carência de entendimento se chama ESTUPIDEZ. Carência no uso da RAZÃO em termos práticos reconheceremos mais tarde como PARVOÍCE. Já a carência da FACULDADE DE JUÍZO se chama SIMPLORIEDADE. Por fim, carência parcial ou completa de MEMÓRIA se chama LOUCURA. Porém, consideraremos cada um desses temas em seu devido lugar. Aquilo conhecido corretamente…

  • Jair Barboza Enfim, tanto agora quanto nos livros precedentes não contamos histórias, fazendo-as valer por filosofia, pois somos da opinião de que está infinitamente distante do conhecimento filosófico do mundo quem imagina poder conceber a essência dele HISTORICAMENTE, por mais que faça uso de disfarces. Este é o caso, entretanto, assim que, numa visão do…