Categoria: Ferreira dos Santos, Mario
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SÍNTESE DA ANALOGIA Os conceitos (enquanto esquemas noéticos): essência e existência, matéria e forma, substância e acidente, causa e fim, etc, resultam da abstração de dados comuns da experiência, quer interna quer externa, por influência da intuição ou da razão. Os conceitos mais abstratos conservam sempre uma referência à experiência imediata (intuitiva). E é em…
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O POSSÍVEL — O REAL E A REALIDADE Considerações prévias O que há de evidente e patente para nós é o ato de sermos, cuja afirmação é apodíctica. Não pode nossa inteligência alcançar nada além do ato, que a tudo antecede. Podemos chegar a ele, operatoriamente, através do exame da cadeia causal ou meramente cronológica…
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TEMA III ARTIGO 2 — AS RELAÇÕES Ao proceder um exame do princípio de causalidade, logo nos surge, desde que permaneçamos dentro do quantitativo, a ideia de lei, a ideia, portanto, de relação, relação quantitativa. Consideravam Leibniz, Bergson, etc, que temos um sentir da nossa eficacidade de um todo causante de fenômenos, graças à experiência…
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VIDE Uno TEMA V ARTIGO 2 – A SIMBÓLICA DA UNIDADE Não se poderia dar qualquer conhecimento se o objeto desse conhecimento não se apresentasse distinto do resto, não se revelasse como uma unidade. Antes mesmo de haver o nosso espírito construído o esquema noético-eidético de unidade, ele estava presente não só nos fatos que…
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A GÊNESE DO SÍMBOLO Aproveitando o esquema biológico da adaptação, que tão bem corresponde às nossas concepções dos fatores da cultura, que implicam a presença dos fatores emergentes (intrínsecos), que são os bionômicos e os psicológicos, e dos fatores predisponentes (extrínsecos), que são os ecológicos e os histórico-sociais, podemos compreender facilmente a gênese do símbolo.…
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TEMA II ARTIGO 2 – COMENTÁRIOS PSICOLÓGICOS À SIMBOLOGENÉTICA Depois do estudo que fizemos sobre a Simbologenética, podemos estabelecer alguns comentários psicológicos esclarecedores de tema de tal relevância para a filosofia. § 1 – A acomodação dos esquemas inclue na sua atividade complexa uma imitação dirigida para o objeto, a qual se prolonga através de…
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TEMA II ARTIGO 3 – O SÍMBOLO E A PSICOLOGIA A característica fundamental do ato intelectual racional é a reversibilidade. Quando o ato afetivo é racionalizado, esquematizado pela razão, torna-se reversível, pois podemos pensar com inversão da cronologia. O pensamento simbólico, em sua eclosão, é de origem genuinamente afetiva, pré-lógico (no dizer do sociologismo); e…
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TEMA III ARTIGO 1 – A PARTICIPAÇÃO Se não há uma adequação completa entre símbolo e simbolizado, a ponto de se identificarem, deve haver entre ambos, para ser aquele adequado ao segundo, um ponto de identificação formal, formalidade que de qualquer modo, se atribua ao primeiro e que pertença ao segundo. Há outro aspecto importante…
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TEMA III ARTIGO 2 – A PARTICIPAÇÃO NA ORDEM LÓGICA E NA ORDEM ONTOLÓGICA É comum dizer-se que Platão só considerou a participação no campo das idéias, reduzindo-a assim apenas à participação lógica. Entretanto, se tivermos um pensamento mais consentâneo com a genuína concepção platônica, veremos que a participação que se dá na ordem das…
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TEMA III ARTIGO 3 – A VIA SYMBOLICA Embora os pontos de vista lógicos e metafísicos em Aristóteles e Platão estejam estreitamente conexionados e dependentes um do outro, representam esses dois filósofos as duas posições fundamentais do pensamento filosófico, após a grande síntese de Pitágoras, infelizmente tão pouco conhecida. Aristóteles reconhece a primazia da substância…
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TEMA III ARTIGO 4 – DIALÉTICA DA PARTICIPAÇÃO E DIALÉTICA SIMBÓLICA A dialética, como nós a concebemos e expusemos em trabalhos anteriores, apoia-se fundamentalmente na imanência para alcançar o transcendente, o que é em grande parte favorecido pela concepção da participação. Se os conceitos são objetos da Lógica Formal, o objeto da dialética é a…
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TEMA III ARTIGO 5 – SÍNTESE DA ANALOGIA Quanto aos modos de significação dos conceitos, temos: analogia, equivocidade e univocidade. Um termo, ou conceito, é unívoco, quando aplicado a diversos seres com a mesma significação. Animal é unívoco quando aplicado a boi, cavalo, símio, etc. Quando usamos, porém, “que animal”, referindo-nos a um homem, em…
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ANÁLISE DO TEMA DA ANALOGIA Os que defendem a analogia no ser alegam a seu favor que o ser finito é tão dissemelhante do infinito, que entre o ser do homem e o de Deus, há apenas uma analogia de proporção. Não é de admirar que se afirme haver uma incomensurabilidade entre nós e Deus,…
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TEMA IV ARTIGO 1 – O CONSCIENTE E O INCONSCIENTE NA SIMBÓLICA Na “Psicologia” vimos que a consciência e a inconsciência não podem ser substancializadas, como o fêz certa psicologia substancialista, quando iniciou estudos em profundidade da alma humana, dando certa topicidade a tais polarizações dinâmicas do processo tensional psíquico. O consciente e o inconsciente…
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TEMA V – O Símbolo e suas Aplicações A SIMBÓLICA DOS NÚMEROS Definia Aristóteles o número como a multiplicidade medida pela unidade. Mas, neste sentido, logo se nota que o conceito aristotélico é meramente o quantitativo. Em “Teoria do Conhecimento” estudamos, embora em linhas gerais, o conceito de número para os pitagóricos, que, sem dúvida…
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TEMA I ARTIGO 2 – QUE É SIMBOLO? Na antiga Grécia, quando um senhor recebia a visita de um hóspede, como sinal de afeição, costumava dar-lhe um objeto que servisse de sinal de reconhecimento. Era comum, entre os amigos, partirem uma moeda pelo meio, cabendo uma parte a cada um, que servia como um sinal…
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VIDE: Dois TEMA V ARTIGO 3 – A SIMBÓLICA DO 2 – O BINÁRIO, A DÍADA No Bhagavad Gita, Krishna adverte ao vacilante Arjuna: “Mas tu, eleva-te acima dos pares de contrários!” pois conseguir ultrapassá-los será alcançar a Mônada suprema, o Grande UM. Entre o Sim e o Não permanece o espírito, entre afirmativo e…
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O TRÊS EM DIFERENTES TRADIÇÕES E SISTEMAS DE PENSAMENTO Este símbolo é universal. Encontramo-lo em todas as culturas. Na chinesa, por exemplo, temos a tríade de Lao Tse: Yang, princípio predominantemente ativo, e Yin, princípio predominantemente passivo, que são os aspectos de opostos contrários da unidade, que é o Tao. A harmonia entre os dois,…
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TEMA V ARTIGO 5 – O QUATERNÁRIO – O NÚMERO 4 Ao serem examinadas as vibrações, verifica-se facilmente que a alternância, que é diádica, só apresenta a sucessão nitidamente quando há repetição da díade, portanto quando se apresenta quaternariamente. Assim a curva alta e a curva baixa, quando repetidas, dão o sentido da sucessão, do…
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Quinário TEMA V ARTIGO 6 – O QUINÁRIO Encontramos no quaternário uma dupla oposição. Se todas as coisas do mundo criado podem ser vistas diádica e ternariamente, as coisas do mundo físico são sempre tomadas quaternariamente se queremos alcançar a sua base estrutural física. Ao estudar a oposição entre as diferenças últimas elo ser finito…