Filosofia – Pensadores e Obras

Wolff

Wolff, Christian (1679-1754) O filósofo e matemático alemão (nascido em Breslau) Christian Wolff, professor de filosofia nas universidades alemãs na primeira metade do século XVIII, foi um filósofo e moralista preocupado com as questões ontológicas. Acusado de ateísmo por defender que se pode estabelecer a moral sem recorrer a Deus, ele é um racionalista, determinista, deísta e partidário do “despotismo esclarecido”. Para ele, a filosofia é a ciência dos possíveis, “a ciência de todas as coisas possíveis” procurando ensinar “como e por que elas são possíveis”. Esta definição de filosofia e a do imperativo moral: “Faça o que te torna mais perfeito, a ti e a teu próximo, e te abstenhas do oposto”, já anunciam Kant. Para ele, o possível “é aquilo que não é impossível”, ou seja, que não implica contradição. O primeiro princípio do pensamento é o de contradição. Kant não poupa elogios a Wolff: “Na execução do plano que traça a crítica, isto é, na construção de um sistema futuro de metafísica, devemos seguir o método do ilustre Wolff, o maior de todos os filósofos dogmáticos.” E quando ele critica a metafisica, é a metafisica de Wolff, a única que ele conheceu. Duas obras de Wolff são importantes: Psychologia empirica (1732) e Psychologia rationalis (1734), nas quais já anuncia a possibilidade de a psicologia tornar-se uma ciência. Sua psicologia empírica é o primeiro nome da futura psicologia experimental. Já introduz mesmo a noção de psicometria. [Japiassu]