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Enéada III, 2
Enéada III, 2 (47)
PLOTINO - TRATADO 47 (III, 2) - DA PROVIDÊNCIA (I)
Formava um único tratado juntamente com o Tratado-48 abordando o tema clássico da providência. Plotino trata da providência nos tratados: Tratado-27, Tratado-28 e Tratado-39. Os adversários de Plotino são os epicuristas, os peripatéticos e os gnósticos . Os primeiros negam a providência, pois os deuses não interferem em nosso mundo. Os segundos, acreditam que a providência não se estende além da esfera lunar, quer dizer que ela governa o céu, mas não a região sublunar. Os gnósticos limitam o campo da atividade da providência, pois esta só se aplica aos eleitos gnósticos, aos adeptos da gnose, e não aos homens comuns. [Brisson ]
- Cap. 1, 1-15: Introdução: existe uma providência que governa o universo.
- Cap. 1, 15 ao cap. 5: A natureza do universo e aquela da providência
- Parágrafos 15-45: A providência consiste para o universo a existir conforme ao Intelecto, que é o mundo verdadeiro e primeiro, imóvel e perfeito.
- Cap. 2: O universo é uma imagem inferior do Intelecto, uma mistura de matéria e de razão, onde reina uma única harmonia apesar da guerra que se lançam as partes.
- Cap. 3: Não é preciso culpar o universo, pois ele é belo e autárcico.
- Cap. 4-5: Não é preciso se surpreender que a vida daqui seja movimento e desordem; os males existirão sempre e têm uma função no universo; nada, de toda maneira, escapa à lei, às provações e às retribuições do universo.
- Cap. 6-14: Primeira objeção e sua solução
- Cap. 6: Posto que existe injustiças, o universo depende do Intelecto e ele é bem constituído?
- Cap. 7: Não se deve culpar nem o universo nem a providência
- Cap. 7, 1-15: A perfeição do universo não iguala aquela do Intelecto
- Cap. 7, 15-28: As almas são responsáveis dos males que causam
- Cap. 7, 29-43: A providência se estende por toda parte e não deve-se culpar seu produto
- Cap. 8: O universo é bem constituído
- Cap. 8, 1-7: As partes do universo não têm todas o mesmo valor.
- Cap. 8, 7-16: Os homens cometem o mal, pois têm um nível intermediário
- Cap.8, 16-52: Cada um tem o que merece
- Cap. 9: A providência não dirige tudo e os vivos daqui não existem em vão
- Cap. 10: O homem é responsável de seus atos, não sendo submetido a uma necessidade extrínseca ou a influência dos astros
- Cap. 11: As razões produzem tudo, mesmo os males, pois tudo não tem ser igual no universo e tudo aí está bem disposto.
- Cap. 12: A razão tem partes diferentes e o que produz é belo; ela designa às almas o lugar que merecem
- Cap. 13: A justiça do universo se manifesta através do ciclo das vidas; a ordem do universo se estende até às mais pequenas coisas
- Cap. 14: A ordem do universo deriva do Intelecto; os vivos daqui são tão perfeitos quanto possível.
- Cap. 15: Segunda objeção e sua solução
- Cap. 15, 1-17: Se tudo é conforme à razão, porque os vivos se fazem a guerra?
- Cap. 15, 17-33: Esta guerra é necessária à perpetuação da vida
- Cap. 15, 33-62: Esta guerra não é senão um jogo afetando o homem exterior.
- Cap. 16-17, 11: Terceira objeção e sua solução
- Cap. 16, 1-10: Se tudo está bem disposto, como poderia haver males?
- Cap. 16, 10-28: A razão é um produto do Intelecto e da Alma, ela dirige a vida.
- Cap. 16, 28-58: Sendo menos uma que o Intelecto e a Alma, ela contem contrários
- Cap. 17, 1-11: O mundo é múltiplo e contem contrários, bons e maus.
- Cap. 17, 11 ao cap. 18,26: Quarta objeção e sua solução
- Cap. 17, 12-16: Haveria ainda maldosos; se sim, eles o seriam neles mesmos?
- Cap. 17, 16-34: As almas são como atores que desempenham bem ou mal seu papel
- Cap. 17, 35-59: Elas não recebem um papel ao acaso e o desempenham como podem.
- Cap. 17, 59-89: Boas ou más, elas se harmonizam à razão universal
- Cap. 18, 1-5: As almas não são todas iguais
- Cap. 18: 5-18: Elas seguem o papel designado pela razão, que fixa as consequências
- Cap. 18, 18-26: As más ações, como as boas, fazem parte da razão
- Cap. 18, 26: Quinta objeção e sua solução
- Cap. 18, 26-29: Porque a razão faria o mal? Todas as almas são partes da razão? Todas as almas são razões?
Matérias
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Plotino - Tratado 47,2 (III, 2, 2) — O universo é uma imagem inferior do Intelecto
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
2-De ese mundo verdadero y uno obtiene su existencia este mundo nuestro que no es verdaderamente uno; que es múltiple, añadiremos, y se halla repartido en muchas partes, distantes y extrañas entre sí, en las cuales ya no reina la amistad, sino también el odio, por la misma separación e insuficiencia de cada parte que, necesariamente, se hace enemiga de la otra. Cada parte no se basta a sí misma, sino que necesita de otra parte para conservarse, siendo no obstante enemiga de aquella (…)
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Plotino - Tratado 47,4 (III, 2, 4) — A vida daqui é movimento e desordem
26 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
4- No nos admiremos de que el fuego sea apagado por el agua, o de que cualquier otra cosa sea destruida por el fuego. Alguna otra cosa trajo al fuego a la existencia y, como no se ha producido por sí mismo, algo también que no es él le destruye. El fuego vino a la existencia por la destrucción de alguna otra cosa, con lo cual, naturalmente, nada tiene de extraño que él mismo sea destruido, porque, además, una cosa nueva surge con la destrucción del fuego. En el cielo incorpóreo todo (…)
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Plotino - Tratado 47,1 (III, 2, 1) — Existe uma providência que governa o universo
20 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
1- El atribuir a un hecho casual y fortuito la existencia y la ordenación del mundo es algo verdaderamente absurdo y propio de un hombre incapaz de pensar y de percibir . Ello es claro antes de todo razonamiento y serían suficientes para probarlo razones que estuviesen bien fundadas. ¿Cuál es, sin embargo, el modo como nacen y se producen las cosas, algunas de las cuales resultan no estar de acuerdo con la recta razón y nos hacen dudar de la providencia? ¿No es así que llegamos a (…)
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Plotino - Tratado 47,16 (III, 2, 16) — Se tudo está bem disposto, como poderia haver males?
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
16- Pero, si esto es así, ¿cómo existe todavía el mal? ¿Dónde se encuentran la injusticia y el error? ¿Cómo, si todo está bien, pueden realizarse actos injustos y cometerse errores? ¿Y por qué se dan seres desgraciados, si no han cometido faltas ni han sido injustos? ¿Cómo, en estas condiciones, diremos que hay unos hechos de acuerdo con la naturaleza y otros contrarios a ella, cuando todo lo que ocurre está conforme con la naturaleza? ¿Cómo se puede ser impío hacia el ser divino si (…)
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Plotino - Tratado 47,6 (III, 2, 6) — Posto que existe injustiças, o universo depende do Intelecto
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
6-Dícese que ningún ser es tratado según su mérito, y así, que en tanto los buenos son alcanzados por los males, los malos; en cambio llegan a poseer los bienes. Deberá contestarse a esto primordialmente que ningún mal hace mella en el que es bueno y que ningún bien, a su vez, aprovecha al que es malo. Ahora bien, ¿por qué se da algo contrario a la naturaleza en el hombre bueno, y algo conforme a la naturaleza en el hombre malo? ¿Cómo estimar justa esta distribución? Realmente, si (…)
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Plotino - Tratado 47,13 (III, 2, 13) — A justiça do universo se manifesta através do ciclo das vidas
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
13- No debemos, con todo, desdeñar ese argumento que nos pide miremos a cada ser, no en su situación presente, sino en los períodos anteriores y en su futuro, de modo que establezcamos lo que es justo para cada uno; y así, puede explicarse el cambio en esclavos de los que antes eran señores, si realmente fueron malos señores, porque esto será, al fin, provechoso para ellos mismos, al igual que los que usaron mal de las riquezas se convertirán en pobres, porque el ser pobre no (…)
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Plotino - Tratado 47,12 (III, 2, 12) — A razão tem partes diferentes e o que produz é belo
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
12- Si, pues, la razón misma se ha adaptado a la materia al producir estos seres —pensemos que la materia se compone de partes no semejantes, de acuerdo con el ser que le precede—, su obra, siendo como ella es, no podría resultar más bella. Porque la razón no se compone de partes, todas ellas semejantes e iguales, lo cual no ha de reprochársele, sino que es ella misma todos y cada uno de los seres, en este caso tomados aparte y por separado. Si hubiese traído al mundo otros seres (…)
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Plotino - Tratado 47,9 (III, 2, 9) — A providência não dirige tudo
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
9- Pero la providencia no debe ser considerada así hasta el punto de que nosotros no seamos nada. Porque si la providencia lo fuese todo y ella misma fuese sola, ninguna cosa tendría que hacer. ¿De qué debería, en efecto, preocuparse? Porque entonces sólo existiría el ser divino. Mas ahora, si decimos que existe ese ser, no es menos cierto que su acción se dirige a otro ser y no para destruirlo; y así se acerca a algún ser, como por ejemplo el hombre, para conservarle lo que es (…)
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Plotino - Tratado 47,11 (III, 2, 11) — As razões produzem tudo, mesmo os males
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
11- ¿Hemos de atribuir a la naturaleza y a la sucesión de las causas el que cada cosa sea así y tan bella como es posible? Contestaremos que no y que la razón lo hace todo con plena soberanía y voluntad. Esa razón obra de acuerdo consigo misma cuando produce los seres malos, porque no quiere realmente que todos los seres sean buenos.
Comparémosla con el artista que no sólo tiene que pintar los ojos del animal ; pues de igual modo, la razón no crea sólo seres divinos, sino que hace (…)
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Plotino - Tratado 47,17 (III, 2, 17) — O mundo é múltiplo e contem contrários, bons e maus.
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
17- Si la razón es, en absoluto, tal como decimos, los seres que ella produce serán tanto más contrarios cuanto más separados se encuentren. Así, por ejemplo, el universo sensible contiene menos unidad que su razón, y es, por tanto, más múltiple, y, consiguientemente, más contrario en sus partes: el deseo de vivir y la tendencia a la unidad son mayores en cada uno de los seres. Con frecuencia, el amante que busca su propio bien destruye el ser amado, siempre que éste sea un ser (…)
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Plotino - Tratado 47,8 (III, 2, 8) — O universo é bem constituído
8 de maio, por Cardoso de Castro
Míguez
8. Queda por averiguar, sin embargo, que puedan ser un bien y en qué forma participan en el orden del mundo, o, si acaso, como es que no constituyen un mal. Las partes superiores de todo ser vivo, esto es, la cabeza y la cara, son siempre las más hermosas; las partes medias y las inferiores no se igualan, en cambio, a aquéllas. En el mundo, los hombres se encuentran en las partes media e inferior, en tanto el cielo y los dioses que se dan en él se hallan en la parte superior. Estos (…)
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Plotino - Tratado 47,15 (III, 2, 15) — Necessidade da guerra
16 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
15- Todo esto se dice de las cosas consideradas en sí mismas. Pero se da una trabazón de todas ellas, bien en aquellas cosas que ya fueron engendradas, bien en las que se engendran a cada instante, con lo que se originan obstáculos y dificultades. Comprobamos que los animales se devoran unos a otros y que los hombres se atacan entre sí; la guerra, por ejemplo, es algo siempre continuo, que no conoce el descanso ni la tregua. Si, sobre todo, la razón hizo así las cosas, ¿cómo no ha (…)
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Plotino - Tratado 47,18 (III, 2, 18) — As almas não são todas iguais
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
18- Las almas son, pues, buenas y malas y por motivos diferentes; unas lo son así ya desde un principio y no coinciden con las restantes. Porque ellas mismas constituyen partes desiguales con respecto a la razón, dado que las almas se mantienen separadas. Hemos de pensar a tal fin que existen almas de segundo y tercer grado y que un alma no actúa siempre por las mismas partes. Pero volvamos de nuevo a la cuestión y, como el tema exige todavía muchas aclaraciones para su perfecta (…)
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Plotino - Tratado 47,3 (III, 2, 3) — O universo é belo e autárcico
25 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
3- No procedería muy justamente quien abominase de este mundo como si se tratase de algo que no es bello ni perfecto, entre los seres corpóreos. Ni estaría bien acusar a quien le dio el ser, porque su existencia es, ante todo, producto de la necesidad y no de una acción reflexiva. El ser superior engendra naturalmente todo otro ser semejante a él. Y, por otra parte, incluso tratándose de una acción reflexiva, el autor de tal obra en nada tendría que avergonzarse de ella, porque es (…)
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Plotino - Tratado 47,5 (III, 2, 5) — Nada escapa à lei, às provações e às retribuições do universo
26 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
5- Si, pues, es posible a las almas alcanzar la felicidad en este mundo, no atribuiremos su desgracia al lugar en que ellas viven, sino a su incapacidad de afrontar con éxito este combate, en el que se nos ofrecen los premios de la virtud .
¿Tiene algo de extraño el no poseer la vida divina, si realmente no se es un ser divino? Digamos que la pobreza y la enfermedad nada significan para las almas buenas; son sólo una verdadera desdicha para los malos. Necesariamente los cuerpos (…)
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Plotino - Tratado 47,10 (III, 2, 10) — O homem é responsável de seus atos
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
10-Si los hombres son malos contra su voluntad y sin querer serlo, nadie puede acusarles de esta falta, ni siquiera el que la sufre, cual si su mal dependiese de ellos . Que su maldad se origine necesariamente por el movimiento del cielo, o que sea una consecuencia de lo que antes ha ocurrido, eso dependerá de la misma naturaleza. Y si es la misma razón la que ha producido todo, ¿cómo no atribuirle la injusticia? Es verdad que los malos lo son contra su voluntad porque toda falta es (…)
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Plotino - Tratado 47,7 (III, 2, 7) — Não se deve culpar nem o universo nem a providência pelo mal
27 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
7-Comprendamos en primer lugar que el bien que buscamos en este mundo se halla en un ser mezclado de mal. No le exijamos, pues, que sea tan grande como el bien que se encuentra en el ser sin mezcla, ni busquemos el bien de los seres primeros en los seres que son segundos. Dado que el universo tiene un cuerpo, admitiremos que algo de él se incorpora al universo y sólo exigiremos la razón que pueda ofrecernos la mezcla, comprobando si nada le falta. Fijémonos en el más hermoso de los (…)
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Plotino - Tratado 47,14 (III, 2, 14) — A ordem do universo deriva do Intelecto
28 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
14- El orden de que hablamos está de acuerdo con la razón, sin que provenga por ello de un acto reflexivo. Y, siendo tal como es, resulta verdaderamente admirable que, aun pudiendo usar de la más perfecta reflexión, no se hubiese alcanzado a realizar nada mejor que lo que conocemos. Este orden es siempre, en todos sus detalles, un orden más inteligible que reflexivo. Y si hay géneros de cosas sujetas siempre al devenir, no debe acusarse de ello a la razón que las hizo, si no se (…)