Popper, Karl (1902-1994) Um dos mais influentes filósofos da ciência contemporânea, Karl Popper nasceu e estudou em Viena, exilando-se, após a ascensão do nazismo, na Nova Zelândia, de onde transferiu-se para a Inglaterra onde passou a viver. Foi professor na London School df Economics da Universidade de Londres (1949), onde criou um importante centro de investigações em filosofia da ciência. Inicialmente influenciado pela filosofia do Círculo de Viena, Popper desenvolveu, no entanto, uma concepção própria da lógica e da metodologia da ciência. Sua principal contribuição consiste na formulação da noção de falsificabilidade como critério fundamental para a caracterização das teorias científicas, tentando assim superar o problema da impossibilidade da verificação definitiva de uma hipótese através do método indutivo encontrado na ciência. Assim, para Pop-per, é a possibilidade de falsificar uma hipótese científica que permite a correção e o desenvolvimento das teorias científicas, e em última análise o progresso da ciência, embora nenhuma teoria possa jamais ser fundamentada de forma conclusiva. O conhecimento é portanto essencialmente conjetural, sendo impossível a certeza definitiva. E necessário por isso defender a liberdade de crítica e de experimentação. Na política e nas ciências sociais, Popper defende o liberalismo e o individualismo, criticando o historicismo. Suas principais obras são: A lógica da pesquisa científica (1935), A sociedade aber-ta e seus inimigos (1945), A pobreza do historicismo (1957), Conjeturas e refutações (1963). Conhecimento objetivo (1972), Autobiografia intelectual (1976) e O eu e seu cérebro (1977), em colaboração com J. Eccles. [DBF]