FM (Atr).
Sentido moral: regra de vida; dever de se conservar fiel ao que se jurou, etc.
Sentido histórico: A abolição da Ordem do Templo Consequências.
Sentido filosófico: o que sucede a todos os Exemplares.
Sentido religioso: a unidade de todas as religiões na figuração igual do Deus sacrificado e ressurrecto (em outro aspecto, e em nós)?
*Sentido místico: o M. (linguagem, por exemplo, do budismo esotérico) quer dizer Ego intimo. É morto pelo Mundo, a Carne e o Diabo, mas (…)
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Kant
IMMANUEL KANT (1724-1804)
A filosofia de Kant traz, pela primeira vez, para a claridade e a transparência de um fundamentação, a totalidade do pensar e do estar-aí modernos. Desde então, tal fundamentação determina toda a postura do saber, as delimitações e os cálculos das ciências, do século XIX até ao presente. Com isto, Kant ergue-se de tal modo acima de tudo o que o precedeu e do que veio depois, que também aqueles que dele se afastam, ou dele divergem, permanecem ainda dele totalmente dependentes.
Além disso, Kant tem - apesar de todas as diferenças e da amplitude da distância histórica - qualquer coisa em comum com o grandioso começo grego que, ao mesmo tempo, o distingue de todos os pensadores alemães anteriores e posteriores, a saber, a íntegra clareza do seu pensar e do seu dizer, que não exclui, de modo nenhum, nem o ser-digno-de-questão, nem o desequilíbrio e que não simula claridade onde há escuridão. [Excerto de HEIDEGGER , Martin. O que é uma coisa?. Tr. Carlos Morujão. Lisboa: Edições 70, 1992, p. 63-64]
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tr. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
Matérias
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Pessoa: ÁTRIO
1º de agosto de 2014, por Cardoso de Castro -
André Chastel (Romantisme) – Schelling ou la métaphysique de l’imaginaire
15 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroIl n’était pas possible de mettre à jour cet essai vieux de dix ans, sans le bouleverser entièrement. Son orientation reste peut-être valable, mais au prix d’une description trop courte : c’est la maquette d’un château dont on n’aurait représenté que l’escalier intérieur et la façade. N’ayant plus le loisir de placer les ailes ni les étages, je me suis contenté — et m’en excuse — d’alléger un exorde pesant, de substituer quelques citations plus explicites à des développements parasites et (…)
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Fernando Gil (ME:3-6) – a crença
11 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro1. A minha exposição tem a sua origem no cruzamento de um dos eixos que nos é proposto — a distinção entre juízo de existência e juízo de atribuição tal como ela se apresenta em Freud — com uma ou, antes, duas questões filosóficas: a crença e a evidência. Partirei de algumas teses sobre a existência que encontramos em Kant, Husserl, Wittgenstein, para as confrontar a seguir com a doutrina freudiana do juízo. A referência a estes três filósofos será forçosamente demasiado breve, e portanto (…)
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Dilthey (IPDC:84-85) – subsumir o vivido
17 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroO conhecimento da natureza converteu-se em ciência quando, no campo dos fenômenos dinâmicos, se conseguiu estabelecer equações entre causas e efeitos. Esta conexão da natureza segundo equações causais foi imposta ao nosso pensamento vivo pela ordem objectiva da natureza, representada nas percepções externas. A regra das mudanças de Heráclito, as relações numéricas dos sons e das trajectórias dos astros dos Pitagóricos, a conservação da massa e a homogeneidade do universo de Anaxágoras, a (…)
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Pessoa: A FILOSOFIA E OS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroSe há um assunto eminentemente filosófico é a classificação das ciências. Pertence à filosofia e a nenhuma outra ciência.
É só no ponto de vista mais genérico que podemos classificar as ciências. Quando a classificação é para um certo fim, quer prático, quer científico, há-de ser necessariamente arbitrária (filosoficamente) e variável com o fim para que é feita. O botânico, o jardineiro precisam cada um deles de uma classificação diferente das plantas.
Há a classificação por (…) -
Gaboriau: A la recherche du « Point de départ»
20 de dezembro de 2009, por Cardoso de CastroDans la vie de connaissance, tout part de l’expérience, tout de ce qui aboutit à la technique comme à la science; mais justement puisque tout vient de l’expérience, celle-ci n’est pas le point de départ spécifique de la métaphysique.
Dans la mesure où celle-ci doit effectivement assurer aux autres un fondement, il faut qu’elle se contrôle elle-même rigoureusement. Aussi bien la philosophie est-elle la recherche de ce qui est premier, arche ou le proton. On a pu l’appeler « protologie » (V. (…) -
Maurizio Ferraris (GK:16-18) — Kant - ontologia e epistemologia
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroPortuguês
Se eu puder mostrar que a Crítica da Razão Pura realmente pode ser resumida nessas teses, também terei justificado minha posição geral, a saber, que a visão de Kant parece oferecer uma teoria da experiência, mas realmente apresenta uma teoria da ciência, precisamente porque confunde os dois níveis. Isso pode parecer uma conclusão insignificante e desagradável, mas, a meu ver, tem a vantagem de definir economicamente o núcleo do pensamento de Kant, as causas de seu sucesso e as (…) -
Schérer: ELUCIDATION THEORIQUE DES FONDEMENTS DE LA COMMUNICATION
26 de março de 2009, por Cardoso de CastroCHAPITRE I - THEORIE DE LA CONNAISSANCE
1. - Généralités
Les problèmes philosophiques auxquels conduit l’idée d’une science positive de la communication paraissent être d’abord ceux d’une théorie de la connaissance. De quelque manière en effet que nous envisagions une expérience psychique ou des lois de type logico-mathématique de la communication, elles impliquent une présupposition épistémologique : la possibilité pour un sujet de n’être pas limité au « contenu » de la conscience (…) -
Cassirer: Excertos da «Tragédia da Cultura»
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da « Tragédia da Cultura »
Dice Hegel que la historia universal no es precisamente el albergue de la dicha; que los períodos pacíficos y venturosos son hojas en blanco, en el libro de la historia. No creía, ni mucho menos, que esto estuviera en contradicción con aquella su fundamental convicción de que "todo, en la historia, carece de un modo racional, antes al contrario, veía precisamente en ello la confirmación y corroboración de esta tesis".
Ahora bien, ¿para qué sirve el (…) -
Harman (SRI:C3) – Ontologia orientada-ao-objeto
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castroportuguês
Como mencionado anteriormente, OOO começou a partir de uma interpretação de Heidegger, a quem ainda considero o principal filósofo do século XX: “ocorreu-me em um certo ponto, bastante cedo [em 1991 ou 1992], que Heidegger se resume a… apenas uma oposição fundamental que se mantém recorrente, se ele está falando sobre ser ou ferramentas ou Dasein [humano] ou qualquer outra coisa: uma inversão constante e monótona entre a ocultação das coisas e sua visível subsistência ”(369). A (…) -
Buber: LAS PREGUNTAS DE KANT
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos de "Que é o Homem?", de Martin Buber. Trad. em espanhol por EUGENIO IMAZ.
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SE CUENTA del rabino Bunam de Przysucha, uno de los últimos grandes maestros del jasidismo, que habló así una vez a sus discípulos: "Pensaba escribir un libro cuyo título sería Adán, que habría de tratar del hombre entero. Pero luego reflexioné y decidí no escribirlo."
En estas palabras, de timbre tan ingenuo, de un verdadero sabio, se expresa —aunque su verdadera intención se endereza a algo distinto— (…) -
Jolivet : Heidegger - L’analytique fondamentale du Dasein
16 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroII L’analytique fondamentale du Dasein
1. La première question qui se pose dans la recherche du sens de l’être, est celle du caractère du Dasein ou de la structure de l’existant que je suis. L’être de cet existant, c’est le mien . Or deux caractères s’imposent immédiatement à l’analyse. D’une part, l’essence de l’être (c’est-à-dire ce qu’il est) réside dans son existence, en tant même qu’il ne peut être séparé ni distingué de ses modes d’être. L’être-tel de l’ex -
Barbuy: ser unívoco e ser análogo II
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroTodo panteísmo encerra, de fato, a mesma contradição interna do sistema platônico e da qual Platão, em diversas passagens se deu perfeitamente conta, a saber: De que modo pode a multiplicidade participar da unidade da Ideia? De que modo pode uma Ideia determinada, sem deixar de ser ela mesma, participar da unidade do verdadeiro ser, vere ens? — Pois, como observa Etienne Gilson , se começamos por dizer que a Ideia é, porque é Una, (e o que é tem que ser idêntico a si mesmo), admitimos ao (…)
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Gaboriau : AUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE
7 de setembro de 2015, por Cardoso de CastroAUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE APPROCHE Dispositions d’esprit suggérées par le début de la Première Méditation Métaphysique (Descartes), et appliquées à notre recherche (philosophie primordiale) : a) remise en cause totale, allant jusqu’aux principes, aux origines, aux tout-débuts (arche) : archologie, pourrait-on dire, s’occupant de ce qui reste encore à examiner quand on aurait fait le tour des sciences. — et étudiant ce qui les conditionne, ce qu’elles ont de réel, l’existence. L’idée de (…)
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Schopenhauer (MVR1:049-053) – espaço, tempo e matéria
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroQuem reconheceu a forma do princípio de razão que aparece no tempo puro como tal e na qual se baseia toda numeração e cálculo, também compreendeu toda a essência do tempo. Este nada mais é do que justamente aquela forma do princípio de razão, e não possui nenhuma outra propriedade. Sucessão é toda a sua essência. — Quem, ademais, conheceu o princípio de razão tal qual ele rege no mero espaço puramente intuído esgotou com isso toda a essência do espaço, visto que este é, por completo, (…)
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Maurizio Ferraris (GK:3-4) – a revolução kantiana
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castroportuguês
Quando morreu, aos oitenta anos, em 12 de fevereiro de 1804, Kant esquecia tanto quanto Ronald Reagan no final de sua vida. Para superar isso, escrevia tudo em uma grande folha de papel, na qual reflexões metafísicas estavam misturados com contas de lavanderia. Ele era a melancólica paródia do que Kant considerava o princípio mais elevado de sua própria filosofia, ou seja, que um "eu penso" deve acompanhar toda representação ou que há um único mundo para o eu que o percebe, que o (…) -
Meillassoux (AF:3-5) – a negação do realismo
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroTradução parcial
A tese que defendemos é, portanto, dupla: por um lado, reconhecemos que o sensível só existe como relação do sujeito com o mundo; mas, por outro lado, mantemos que as propriedades matematizáveis do objeto estão isentas da restrição de tal relação e que estão efetivamente no objeto da maneira como as concebo, se estou em relação a esse objeto ou não. Mas antes de prosseguirmos para justificar esta tese, é necessário entender em que sentido isso pode parecer absurdo para um (…) -
Jolivet : Jaspers - L’existence
14 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroI L’existence
1. Il est fort important de distinguer soigneusement le Dasein et l’existence. Pour cela, partons du monde, tel qu’il s’offre à l’expérience commune. Nous voulons savoir si tout l’être s’épuise dans l’être du monde et si la connaissance cesse lorsqu’elle ne trouve plus de choses sur lesquelles elle puisse prendre son appui. En fait, on a toujours cru qu’il y avait d’autres « réalités », qu’on appelle, « en termes mythiques », l’âme et Dieu et, en termes philosophiques, (…) -
Barbuy: senso comum (4) - realidade
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro4. A negação do existencial nos idealismos derivados de Kant — em particular no de Hegel — criou a necessidade artificial de uma reconstrução do mundo pelo próprio homem, agora abandonado a si mesmo, mas tomado da consciência idealista de que a realidade decorre dele mesmo e será tal qual sua razão a construir e sua vontade a plasmar: esta é [145] uma dimensão do criticismo kantiano, que atribui ao homem a tarefa de plasmar e replasmar o mundo, num desesperado esforço de retorno ao concreto; (…)
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Harman (TB:1-2) – ente-ferramenta
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castroportuguês
A chave para meu argumento está em uma nova leitura da famosa analítica da ferramenta de Ser e Tempo. Embora centenas de estudiosos já tenham comentado essa análise magistral, não conheço ninguém que tenha tirado conclusões suficientemente radicais dela. Dos poucos intérpretes que estavam dispostos a dar o centro do palco ao drama do ente-ferramenta, todos seguiram Heidegger muito de perto ao considerar o Dasein humano como a maior estrela do teatro. A analítica da ferramenta é (…)