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Fernandes (2005:13) – a "metaética"
quinta-feira 23 de agosto de 2018
Reduziu-se a Ética a uma “semântica de terceira classe”, ou segunda categoria, que se passou a chamar de “metaética”, neste caso, a “desconstrução” dessa tradicional disciplina filosófica deveria ter sido muito mais drástica — mais ainda que a de Nietzsche ! (V. Capítulo 3, adiante) O que as tradições chamam de karuna, agape, charitas, etc. não tem nada a ver com o que as éticas “filosóficas” (e também as profissionais!) chamam de “bem”. E este, por sua vez, pace Platão, nada tem a ver com o Ser, ou com o Ser do Humano. Ainda que o “bem” da Ética tivesse algo a ver com compaixão, quem fosse “bom” jamais precisaria de “ética”, e quem precisasse de “ética”, por sua vez, jamais seria “bom”. Mas como se pensa que o ser humano, mal entendido, talvez como “animal racional”, é o lobo do ser humano, o jardim zoológico (e a propriedade, etc.) precisa de jaulas, como “éticas”, sistemas jurídicos, superegos, etc. (FERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 13)
Ver online : METAÉTICA