Fato de separar um grupo social de um outro em função de caracteres extrínsecos (fortuna, educação) ou intrínsecos (sexo, raça, práticas sexuais) aos indivíduos deste grupo. Mais especialmente, designa-se, hoje em dia sob este termo o fato que os membros de um grupo dado não têm a mesma oportunidade de acesso à certas funções, a certos empregos ou a certos serviços sociais. (Sylvain Auroux) [NP]
Os dois termos de diferenciação e de discriminação, utilizados como sinônimos, designam ao mesmo tempo um fenômeno empírico e um processo do qual este fenômeno é considerado como o resultado. O fenômeno empírico consiste em uma limitação da gama dos estímulos suscetível de disparar uma resposta adquirida: é o correlato do fenômeno de generalização que consiste no fato que uma resposta seguida de reforço para um estímulo dado se encontra evocada não somente pelo estímulo mas por toda uma gama de estímulos vizinhos. A diferenciação é obrida por um reforço diferencial: o estímulo originalmente reforçado continua a ser enquanto os estímulos vizinhos não o são. O processo de discriminação é considerado como um processo fundamental de aprendizagem: é atribuído a uma inibição das respostas não reforçadas. (J.-F. Richard) [NP]