anabasis = ascensão; analepsis = ascensão de Cristo
No final do século XII aparece o termo latino ascensio (de ascendere), enquanto ação de subir. Refere-se ao ensinamento cristão da subida ao céu, junto ao Pai, de Jesus crucificado, morto e ressuscitado.
Primeiro existe a noção de ascensão da alma durante a vida e após a morte. No Banquete, a noção é tratada enquanto ascensão desde a vida corporal até à beleza inteligível, ascensão da mente a Deus (retomada por São Boaventura). No Fédon trata-se da ascensão após a morte, dentro de uma análise sobre a imortalidade da alma.
Em segundo lugar existe a noção de ascensão, na acepção de êxtase, psychanodia, tão bem tratado por Ioan Couliano em seu livro “Experiências do Êxtase”. O verbo grego existano (existao, existemi), donde o nome ek-stasis, indica a ação de deslocar, levar para fora, mudar alguma coisa ou um estado de coisas, e em seguida de sair , deixar, se afastar, abandonar. O vasto campo semântico, neste caso, se refere à idéia de disjunção, com a implicação psico-sociológica de “sair dos quadros da normalidade”.