(in. Genetic; fr. Génétique; al. Genetisch; it. Genético).
Aquilo que pertence à geração ou efetua-se através da geração. Neste último sentido, Hobbes falou de definição genética ou por generationem: “A razão pela qual as coisas que têm causa e geração devem ser definidas através da causa e da geração é esta: o fim da demonstração é a ciência das causas e da geração das coisas, e, se não se tiver essa ciência na definição, não se poderá tê-la tampouco na conclusão do silogismo que dela parte” (De corp., VI, § 13). Essa noção passou mais tarde para a lógica de Wolff, que entendeu por definição genética “a definição que expõe a gênese de uma coisa, ou seja, a maneira como ela pode realizar-se” (Log., § 195). O conceito desta definição está ligado ao princípio exposto por Hobbes em De homine (X, § 5), qual seja: só se pode ter ciência demonstrativa das coisas que podem ser produzidas (como os entes matemáticos e os entes morais ou jurídicos), porque delas se conhece seguramente a causa. A partir da segunda metade do séc. XIX esse adjetivo, particularmente quando se referia a ciências ou a partes de ciências, passou a ter significado ligado ao de evolução ; uma teoria genética geralmente é a consideração do desenvolvimento evolutivo da coisa à qual a teoria se refere (p. ex., “psicologia genética” = estudo da evolução psíquica). [Abbagnano]