(gr. isodynamia; lat. aequipollentia; in. Equipollence; fr. Êquipollence; al. Aequipollenz; it. Equipollenza).
Relação entre enunciados diversos que tem o mesmo valor de verdade. A doutrina da equipolência foi exposta pela primeira vez por Galeno na obra Sobre as Proposições Equipolentes, reexposta em latim por Apuleio (no seu comentário a De interpretationè), do qual passou à lógica medieval (cf. Pedro Hispano, Summ. log., 1.24-1.27). Jungius distinguia a equipolência gramatical, que existe entre frases de igual significado, embora compostas de palavras diferentes, da equipolência lógica, que ocorre entre enunciados simultaneamente verdadeiros ou falsos que correspondam ao mesmo objeto extra-mental: como no caso dos dois enunciados: “Alguns homens não são amantes da sabedoria” e “É falso que todos os homens sejam amantes da sabedoria” (Log., II, 10, 2-3). No lógica contemporânea a equipolência (que se chama também equivalência) é simbolizada pelo signo = e definida, de acordo com a tradição, como coincidência de dois enunciados em seu valor de verdade (W. V. O. Quine, Methods of Logic; § 9; Carnap, Meaning and Necessity, 3). [Abbagnano]