(in. Catastrophe; fr. Catastrophe; al. Katastrophe; it. Catástrofe).
Qualquer teoria que procure explicar o desenvolvimento de uma realidade mediante reviravoltas radicais e totais que ocorreriam periodicamente. Assim, Cuvier (Discours sur les révolutions au globe, 1812) explicava a extinção das espécies animais fósseis através de catástrofe gerais que, periodicamente, teriam destruído as espécies vivas de cada espécie geológica, permitindo que Deus criasse novas espécies. Em 1833, o geólogo inglês Lyell, em Principies of Geology, propunha a tese, depois universalmente aceita, de que o estado atual da Terra não se deve a uma série de catástrofe, mas à ação lenta, gradual e insensível das causas que agem continuamente sob nossos olhos. No domínio político, a teoria da catástrofe foi adotada por Sorel (Réflexions sur la violence, 1906), que concebia a passagem do capitalismo para o socialismo como uma C, cuja reviravolta escapa a qualquer descrição. É verdade que Sorel acrescenta não ser indispensável que tal catástrofe se realize (não se realizou nem mesmo a que era esperada pelos primeiros cristãos), mas basta que ela valha como um “mito”. Cf. ativismo; mito. [Abbagnano]