(in. Attitude; fr. Attitude; al. Einstellung; it. Atteggiamentó).
Termo amplamente empregado hoje em dia em filosofia, sociologia e psicologia para indicar, em geral, a orientação seletiva e ativa do homem em face de uma situação ou de um problema qualquer. Dewey considera essa palavra um sinônimo de hábito e de disposição; em particular, parece-lhe que ela designa “um caso especial de predisposição, a disposição que espera prorromper através de uma porta aberta” (Human Nature and Conduct, 1922, p. 41). Lewis, analogamente, diz que na atitude o que está presente é captado em seu significado prático e antecipatório, como um indício do que está além, no futuro (An Analysis of Knowledge and Valuation, p. 438). Stevenson utilizou amplamente esse termo para fazer a distinção entre “significado descritivo” e “significado emotivo” das palavras: ter-se-ia o primeiro quando a resposta ao estímulo é um conjunto de processos mentais cognoscitivos e o segundo, quando a resposta ao estímulo é um determinado impulso para a ação. Stevenson chama de atitude o impulso para a ação que, não se sabe por que, é qualificada de “emotiva”, mas acha difícil demais definir precisamente a atitude e, por isso, assume-a no significado mais genérico de disposição para a ação (Ethics and Language, 1950, p. 60). Uma delimitação não mais exata de significado, de resto concordante com os comentários acima citados, é dada por Richards, que considera as atitudes como “atividades imagísticas e incipientes, ou tendências para a ação” (Princ. of Literary Criticism, 1924; 14a. ed, 1955, p. 112).
Por outro lado, essa palavra foi usada com o mesmo significado fundamental de disposição por Jaspers, em Psicologia das visões do mundo (1925). “As atitude são disposições gerais, suscetíveis, ao menos em parte, de pesquisa objetiva, assim como as formas transcendentais no sentido kantiano. São as direções do sujeito e utilizam determinada rede de formas transcendentais” (Psychologie, intr., § 4). Mais precisamente, a atitude pode ser definida como o projeto de opções porvindouras em face de certo tipo de situação (ou problema), ou como um projeto de comportamento que permita efetuar opções de valor constante diante de determinada situação. Nesse caso, dizer, p. ex., que “x tem uma atitude contrária ao casamento” quer dizer que x projeta não se casar; por isso, em geral, a atitude de x para S é um projeto de x referente ao comportamento que terá em face de situações em que Sé possível (cf. Abbagnano, Problemi di sociologia, 1959, cap. V). [Abbagnano]