É digno de nota que Aristóteles, embora tenha manifestado uma inclinação muito pronunciada pelas questões de métodos, e tenha, por outro lado, atribuído à experiência excepcional importância na formação do conhecimento, não tenha deixado senão uma teoria pouco segura da indução. Ao contrário de Platão, ele afirma, continuamente que, todo conhecimento nos vem dos sentidos, quer dizer, do particular. E não nos tenha mostrado de maneira clara como, desse ponto de partida inevitável, se possa chegar a essas definições universais que, em seu método, são as verdadeiras chaves da demonstração científica. Deve-se reconhecer, entretanto, que ele realizou um certo número de tentativas para determinar os métodos da definição, o que nele corresponde a nossos métodos de indução. Nós nos contentaremos em indicar, sobre este tema cujo estudo nos levaria longe demais, os artigos do Pe. Roland-Gosselin, OP. De l’induction chez Aristote (Révue des sciences philosophiques et théologiques, 1910, p. 39-48); Les méthodes de la définition chez Aristote (ibid., p. 236-252, 661-675). [Gardeil]