Os termos essenciais da enunciação, como acabamos de ver, são o nome e o verbo, mas os lógicos falam frequentemente de uma outra divisão em três termos: sujeito – cópula predicado. Esta divisão, que parece ter sua origem na teoria do silogismo onde, o sujeito e o predicado são os elementos essenciais, pode ser reduzida à precedente da maneira que segue. O verbo realiza na proposição uma função de ligação entre o sujeito e o nome-predicado; a este título nós o chamamos cópula. Essa ligação não é outra coisa senão a afirmação mesma do ser, explicitamente expresso ou implicitamente contido no verbo: “o tempo está bom”), “o sol brilha” – “é brilhante”. Toda proposição pode, portanto, ser do tipo nome-sujeito, verbo-cópula, nome-predicado.
A divisão sujeito-cópula-predicado se distingue, portanto, da divisão nome-verbo, no fato de que esta coloca em evidência a função copulativa do verbo e de que ela separa o nome-predicado. Em oposição, ela não exprime de maneira tão explicita os aspectos de estabilidade e de atualidade, que a divisão nome-verbo coloca tão bem em relevo. Pode-se dizer que essa divisão em nome-verbo é mais essencial à proposição que a outra, porque é necessário sempre que os termos sejam aí explícitos, enquanto que a cópula e o predicado podem ser significados pelo mesmo termo. Os escolásticos chamam proposições de secundo adjacente àquelas onde cópula e predicado estão unidos: “a chuva cai”; e proposições de tertio adjacente àquelas onde eles são distintos: “o tempo está bom”. [Gardeil]