descoberta do que somos inconscientemente ou do que fazemos automaticamente. — A tomada de consciência dos motivos profundos de nossas ações e de nossos sentimentos não somente nos liberta dos complexos e das perturbações psicológicas (segundo a psicanálise), como substitui também as reações cegas, frutos de sentimentos obscuros e de preconceitos, por uma conduta racional e livre, originada de uma personalidade senhora de si mesma. Do ponto de vista lógico, a tomada de consciência toma a forma de um “reconhecimento” do que éramos e fazíamos sem sabê-lo; nesse sentido, toda reflexão filosófica desenvolve-se como uma tomada de consciência; contrapõe-se à “tomada de conhecimento”, que se focaliza não mais sobre nós mesmos, mas sobre os objetos do mundo, e que caracteriza — na sua oposição à descoberta filosófica — toda descoberta científica. [Larousse]