Filosofia – Pensadores e Obras

normativo

(in. Normative; fr. Normatif; al. Normativ; it. Normativo).

Este adjetivo tem dois sentidos principais, que correspondem aos dois sentidos atribuídos à palavra norma: 1) é normativo o que prescreve a regra infalível para alcançar a verdade, a beleza, o bem, etc, ou seja, um bem absoluto; 2) é normativo uma fórmula técnica que garanta o desenvolvimento eficaz de certa atividade. Na segunda metade do séc. XIX foram chamadas de normativo, no 1) sentido, as ciências filosóficas especiais ‘lógica, ética e estética), às quais se atribuiu a tarefa de prescrever as normas com as quais o pensamento, a vontade e o sentimento deveriam ajustar-se para alcançar a verdade, o bem e a beleza (Windelband, Rickert Wundt, Simmel, Husserl e outros). Nesse sentido, a qualificação de normativo foi repelida pelas disciplinas acima (v. capítulos relativos). Não se pode, porém, negar que existam disciplinas normativo no 2B sentido, de formular hipoteticamente técnicas aptas a garantir o desenvolvimento eficaz de determinadas atividades. [Abbagnano]


O que tem caráter de exemplo ou de lei. — Uma conduta normativa é uma conduta exemplar. As “ciências normativas” (nome dado por Wundt à estética, à lógica e à moral) destacam leis e princípios que permitem “julgar” a beleza de uma obra, o valor de um conhecimento e a moralidade de uma ação. Opõem-se às ciências “descritivas”, como as ciências do “ideal” às ciências do “real”. (Sin. canônico.) [Larousse]