MILL (John Stuart), filósofo e economista inglês da escola experimental (Londres 1806 — Avignon 1873). Filho do grande economista James Mill, que é o autor dos Princípios de economia política (1822), Stuart Mill ilustrou-se inicialmente no jornalismo (escreveu no Traveller, na Westminster review, na Edimburg review e no Examiner). Foi eleito, em 1865, membro da Câmara dos comuns. Sua filosofia liga-se à de Hume e ao empirismo do século XVII. É em lógica que Stuart Mill expõe toda a sua originalidade: a teoria da indução e dos processos de experimentação (tabelas de presença, de ausência, de variações concomitantes) ficou célebre. Seu empirismo se desenvolve, em moral, num utilitarismo que considera a felicidade como o objetivo último da moral. Sua política foi a de um liberal que só faltou aos princípios do individualismo para pedir a intervenção do Estado em favor dos fracos, e da mulher em particular. Deve-se-lhe: Lógica indutiva e dedutiva (1843), Princípios de economia política (1848), A liberdade (1854), O governo representativo (1860), O utilitarismo (1861), Augusto Comte e o positivismo (1865), Exame da filosofia de Hamilton (1865) e Autobiografia (1869). [Larousse]