LUKÁCS (György), escritor e filósofo húngaro (Budapeste 1885). Foi professor na universidade de Budapeste, acadêmico, ministro da Educação nacional em 1956 no governo Nagy, aprisionado após a revolta, húngara e depois libertado. É um dos mais originais pensadores do marxismo. Em 1908 publica sua primeira obra, dedicada ao teatro: A evolução do drama moderno; em 1911, reúne diversos estudos sob o título de A alma e a forma. Essa obra lhe vale uma certa celebridade, a qual fazem eco Thomas Mann, Charles Andler, Félix Berteaux. Em 1916 publica a Teoria do romance; em 1929, História e consciência de classe e Lênin. Fixa-se durante muito tempo em Moscou, onde colabora no Instituto Marx-Engels. Todas as suas outras obras importantes aparecem após 1945: Existencialismo e marxismo (1948) e principalmente A destruição da razão (1955). Lukács parte da oposição clássica dos idealistas e dos materialistas para buscar uma “terceira via”. Suas críticas dirigem-se sobretudo à fenomenologia e ao existencialismo. Estuda o desenvolvimento do irracionalismo moderno de Schelling até o fascismo. Suas preocupações fundamentais, contudo, permanecem de ordem estética: seu objetivo é fundar uma estética do realismo cf. K. Marx e F. Engels como historiadores da literatura, e os Textos filosóficos escolhidos de N. Tchernychevski, e Goethe e sua época). O coroamento de sua obra seria um “tratado de -estética realista”. [Larousse]