(fr. Élan vital).
Segundo Bergson, é a consciência que penetra a matéria e a organiza, realizando nela o mundo orgânico. O elã vital passa “de uma geração de germes para a geração seguinte, por intermédio dos organismos desenvolvidos, que funcionam como traço de união entre os germes. Conserva-se nas linhas evolutivas entre as quais se divide e é a causa profunda das variações, pelo menos daquelas que se transmitem regularmente, que se adicionam e que criam espécies novas” (Évol. créatr., 8e ed., 1911, p. 95). A formação da sociedade, antes fechada e depois aberta, a religião fabuladora e a religião dinâmica, segundo Bergson, são os produtos ulteriores do mesmo elã vital, ou seja, da consciência (Deux sources, IV, trad. it., p. 295) (v. duração). [Abbagnano]
A tendência criadora da vida, que se desenvolve através de organismos particulares, assegura a continuidade da espécie e engendra a evolução dos seres. — A expressão tornou-se célebre através de A evolução criadora de Bergson (1907). Quando o elã vital é sublimado, pode suscitar os jorros criadores que estão na origem das grandes criações espirituais e morais, e do próprio misticismo. (V. As duas fontes da moral e da religião.) [Larousse]