(In. Egotism; fr. Égotisme; al. Egotismus; it. Egotismo).
Termo de origem inglesa, difundido no resto da Europa por Stendhal, que o empregou também no título das suas memórias autobiográficas (Souvenirs d’égotisme, 1892, mas escritas em 1832). Essa palavra significa a excessiva importância concedida a si mesmo e às vicissitudes da vida pessoal, bem como a tendência a falar demais de si mesmo (cf. sobre a história da palavra, o prefácio de H. Martineau à edição dos Souvenirs de Stendhal, Paris, 1950). No sentido de subjetivismo ou culto do eu, essa palavra foi usada por G. Santayana (Egotism in German Philosophy, 1915). [Abbagnano]
O termo foi criado por Stendhal (e adotado pela filosofia contemporânea) para designar a análise efetuada por alguém sobre si mesmo, “com o objetivo de tornar seus sentimentos mais refinados e melhor fruí-los”. — Nesse sentido, o egotismo já tem uma longa tradição, desde o “Conhece-te a ti mesmo” de Sócrates até os Ensaios de Montaigne, se considerarmos o prazer estético que envolve todo o conhecimento de si. — O termo designa também, em moral, a procura do aperfeiçoamento individual como regra principal da conduta. [Larousse]