A teoria das significações nasceu da análise dos pensamentos. Estes não são considerados como simples, elementares e, por isso, são analisáveis, decomponíveis em suas partes. A procura do que seria elementar nos pensamentos, uma espécie de átomo do pensamento, foi que levou às significações. Assim como as proposições estão compostas de palavras, os pensamentos o estão de significações.
Julgam alguns lógicos que as significações são elementos simples, isto é, não são compostas de outros. São elas elementos-entes? Essa pergunta é respondida: elas não são elementos-entes, pois sendo elementos do pensamento e não sendo este um ente, como poderiam elas ser entes? Dão, assim, ao pensamento caráter meramente axiológico (de axiós, valor), sem entidade, esquecendo que tudo ao qual não se pode predicar nada, é nada de entidade.
Os valores não são entes, mas valem (opinião predominante que não tem consistência). Os pensamentos não são coisas-entes, isto é, ônticas, termo usado na filosofia moderna, o qual se refere ao ente quanto à sua forma em estrutura. Assim quando dizemos “esta casa é verde”, podemos substituir esta proposição por esta: “desta casa vale o serverde”. Neste caso, o ser-verde é uma significação deste pensamento. Sabemos que os pensamentos formam uma unidade. Então como admitir que a significação seja um elemento? Não seria admitir que o pensamento é composto de partes? Para os lógicos o pensamento é uma unidade, mas as significações não são unidades independentes, elas formam, umas com as outras, uma interdependência. Segundo alguns as palavras não são significações, mas apenas sinais arbitrários, embora na sua formação interfiram leis psíquicas. [MFSDIC]