(in. Taboo; fr. Tabou; al. Tabu; it. Tabu).
Termo polinésio que significa simplesmente proibir ou proibido e que passou a indicar a característica sagrada da proibição em todos os povos primitivos e qualquer proibição não motivada em todos os povos. A generalização nesse sentido do conceito é de autoria de Salomon Reinach. A melhor explicação da função do tabu encontra-se em A. R. Radcliffe-Brown, que nele discerniu um instrumento para ressaltar a importância social de acontecimentos, ações, interditos, normas, etc. Nesse sentido, o tabu está ligado a qualquer prescrição ritual (Structure and Function in Primitive Society, 1952, cap. VII). Freud comparou o tabu à neurose obsessiva e viu entre as duas coisas quatro pontos semelhantes: 1) falta de motivação das proibições; 2) sua validação por meio de uma necessidade interior; 3) possibilidade de deslocamento e contágio dos objetos proibidos: 4) criação de práticas cerimoniais e mandamentos derivados das proibições (Totem e tabu, 1913, cap. II; trad. it., p. 37.) [Abbagnano]
a) Nome polinésio, que se popularizou na Inglaterra, no início do séc. XIX, e depois se universalizou. Significa o que é proibido de tocar.
b) Toda proibição convencional, imposta por tradição ou costume a atos, maneiras de proceder, palavras, gestos, etc., cuja infração é matéria, não de perseguição legal, mas de reprovação, perseguição social e ignomínia.
c) Nas religiões, tabu religioso são os lugares sagrados, os objetos, etc., que não podem ser tocados pelas pessoas comuns.
d) Na psicanálise usa-se o termo para indicar a proibição heterônima sobre ações desejadas. O tabu é universal, mas relativo ao grau de cultura de cada povo ou época. [MFSDIC]