Filosofia – Pensadores e Obras

ioga

Um dos principais sistemas filosóficos indianos, que consiste essencialmente numa técnica de ascetismo. O texto fundamental deste sistema são os Iogassutra de Patanjali, obra provavelmente composta entre os sécs. V e o VI d.C., talvez com base em fragmentos ou documentos mais antigos. A ioga, cujas doutrinas coincidem substancialmente com as do sistema samkhia, mas com tônica teísta, consiste essencialmente na descrição de exercícios graduais para obter a perfeita libertação da alma. Os graus fundamentais são oito: 1) restrição moral; 2) cultura da alma com o estudo dos textos sagrados; 3) posições convenientes à meditação; 4) controle da respiração; 5) controle dos sentidos; 6) concentração; 7) atenção contínua; 8) recolhimento absoluto (samahdi), no qual desaparece a dualidade entre quem contempla e o objeto contemplado. D ioga distingue-se a Hatha-ioga ou ioga violenta, que sugere os exercícios voltados para afrouxar os vínculos entre alma e corpo (v. G. Tucci, Storia della filosofia indiana, pp. 98 ss.). [Abbagnano]


IOGA (= tensão) designa, na filosofia hindu (1), em geral, todo procedimento conducente à intuição mística e ao conhecimento supra-conceitual. Neste sentido, o ioga não está circunscrito a nenhum sistema determinado. O ioga (2) clássico de Patanjali (séc. V d. C) toma, em geral, suas bases filosóficas da filosofia dualista do Samkhya. O iogin (= o que pratica o ioga) propõe-se, como finalidade, reprimir as funções da substância pensante, a fim de conduzi-las a algo superior. Servem de preparação para isso a observância de uma série de prescrições éticas, uma determinada posição do corpo e a regulação da respiração; mas a prática fundamental consiste em apartar os sentidos dos objetos, pelo recolhimento, meditação e completa concentração. — Brugger.


Um sistema filosófico da Índia fundado por Patanjali, segundo a tradição. — O ioga preconiza todo um conjunto de práticas corporais que nos dá o domínio de nosso organismo e sistema nervoso, podendo conduzir-nos ao “estado perfeito” ou “contemplativo”, à ausência total de desejos e a imobilidade absoluta. [Larousse]