Filosofia – Pensadores e Obras

lei de causalidade

Designa-se, com este nome, a aplicação do princípio de causalidade (princípio de causalidade) aos acontecimentos ou processos da natureza irracional e, sobretudo, inanimada. E o princípio mais importante das ciências naturais exatas e formula-se nos termos seguintes: “Se em determinado momento se conhecem as grandezas correspondentes aos estados de todas as coisas que participam num processo natural, por esse meio todo seu curso ulterior fica plenamente determinado”, ou, mais brevemente: “as mesmas causas produzem os mesmos efeitos”. A lei de causalidade pressupõe que os acontecimentos na esfera infra-espiritual transcorrem com necessária regularidade (causalidade natural). Isto é o que significa a expressão regularidade (uniformidade, constância, conformidade) da natureza. Do ponto de vista filosófico, a lei de causalidade exprime uma relação real entre causa e efeito. Pelo contrario, a concepção puramente física da causalidade circunscreve-se, por motivos metodológicos, à sucessão regular temporal, única observável. Substituindo a dependência real dos acontecimentos por este conceito desvalorizado de causalidade, ou seja, pelo conceito de sucessão regular, chega-se, no caso da observabilidade do acontecimento microfísico, fundamentalmente incompleta, à negação positivista da lei de causalidade dentro do domínio atômico (VIDE relação de indeterminação, indução, lei natural). — Junk. [Brugger]