A vida da mulher é classificada como pontikos por Aristóteles (Sobre a geração dos animais, 775a33). O fato de que mulheres e escravos pertenciam a um só grupo e viviam juntos, de que nenhuma mulher, nem mesmo a esposa do chefe da casa, vivia entre seus iguais – outras mulheres livres –, de modo que a posição social dependia muito menos do nascimento que da “ocupação” ou função, é muito bem apresentado por Wallon (Histoire de l’esclavage dans l’antiquité, I, 77 ss.), que fala de uma “confusion des rangs, ce partage de toutes les fonctions domestiques”: “Les femmes (…) se confondaient avec leurs esclaves dans les soins habituels de la vie intérieure. De quelque rang qu’elles fussent, le travail était leur apanage, comme aux hommes la guerre.” [ArendtCH, 9, Nota]